segunda-feira, 22 de março de 2021

Justiça Restaurativa – Assim caminhamos à luz da Palavra

 

A PCr — Justiça Restaurativa no período de 2020, desafiada em sua atuação in loco por causa da pandemia, priorizou os círculos na ambiência online para acolher, escutar, reconectar, reatar laços e o sentido de pertencimento, com todos os agentes da PCr.

 

Com a pandemia se agravando, a PCr, na pessoa da Assessora nacional para Justiça Restaurativa, Vera Lucia Dalzotto e equipe, ressignificou de forma dinâmica, profunda e evangélica, o sentido da missão de ser presença juntos aos privados/as de liberdade, fortalecendo e encorajando os/as agentes, com a dinâmica circular – sistematizada por Kay Pranis.

Foram realizados vários círculos em todas as regiões do Brasil, chegando a atender aproximadamente 200 agentes. Toda semana era realizado um círculo à noite ou no período diurno. Com essa experiência, a PCr Nacional deu passos junto com parceiros, como o Moinho de Paz, na formação de facilitadores de círculo de paz, para 20 agentes de todo Brasil.

Outra parceria foi com a Faculdade Madalena Sofia (Curitiba PR) dando continuidade com o curso de extensão – online, esse ainda em andamento – destinado aos agentes que concluíram a 1ª formação, a fim de se fortalecerem e serem empoderados como facilitares/as de círculos de paz na metodologia/filosofia, mística e missão da PCr Nacional.

VIVÊNCIA CIRCULAR — CAPACITAÇÃO — ESPIRITUALIDADE E PRÁTICA. A PCr NACIOANAL—JUSTIÇA RESTAURATIVA SEGUE ENCARNANDO O EVANGELHO NO HOJE DE SUA HISTÓRIA.

 

Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional

quarta-feira, 17 de março de 2021

Comissão da CNBB lança Carta Pastoral com pedido de medidas de combate ao tráfico de pessoas agravado na pandemia

 

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e demais entidades que compõem o Fórum Ampliado, divulgaram nesta quinta-feira, 11 de março, uma Carta Pastoral na qual interpelam a Igreja no Brasil, governos e a sociedade brasileira sobre pontos que envolvem a realidade do tráfico de pessoas, agravado pelo pandemia da covid-19.

Integram o Fórum Ampliado de Combate ao Tráfico de Pessoas ligado à Comissão da CNBB a Cáritas Brasileira, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz, a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, o Instituto de  Migrações e Direitos Humanos, a Pastoral da Mulher Marginalizada, a Pastoral Carcerária e o Serviço Pastoral dos Migrantes.

No documento, as organizações afirmam que “o tráfico humano é uma realidade que atinge prioritariamente as pessoas mais vulneráveis da sociedade: mulheres, juventudes, trabalhadores e trabalhadoras, idosos e idosas, pessoas com deficiências e crianças e adolescentes. Estas, aponta a carta, respondem por 30% de todos os indivíduos traficados segundo a Organizações Mundial das Nações Unidas (ONU).

Apelo por ações integradas da igreja, governos e sociedade

A organizações signatárias pedem na carta que as autoridades brasileiras do campo político e eclesial se  comprometam a criar mecanismos para o trabalho articulado das organizações governamentais e da sociedade civil para fortalecer e aprimorar os instrumentos legais adequados às diretrizes internacionais e capazes de dotar os agentes públicos de ferramentas, adaptando respostas para impedir que traficantes de pessoas e aliciadores ajam impunemente durante a pandemia.

Para o campo interno da Igreja no Brasil, a Carta Pastoral pede que as diferentes instâncias eclesiais assumam com prioridade o enfrentamento a estes crimes contra a vida humana: realizando formação com as lideranças, subsidiando-as com materiais apropriados de formação, especialmente o guia “Orientações Pastorais Sobre o Tráfico de Pessoas”, publicado pela Edições CNBB.

A carta também faz um apelo para a redução das desigualdades sociais responsáveis, segundo o documento, por lançar “as pessoas na roda viva do tráfico de pessoas” e pede um empenho coletivo para garantir a vacina contra a covid-19 a todos os brasileiros.

Veja aqui a integra do documento: Carta Pastoral.

 

Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional

sexta-feira, 12 de março de 2021

PCr do RS lança roteiro celebrativo para a quaresma

 

Clique aqui para acessar o documento na íntegra

Estamos no tempo de preparação para a Páscoa de Jesus. Ele que ao ser condenado pelo tribunal dos homens, ao ser sentenciado a morrer na Cruz, vai ser o Vitorioso da Glória da Ressurreição. Por isso nestes dias que chamamos de Quaresma, vamos sintonizar nosso coração em Deus através da oração, do jejum e da esmola e nos avaliarmos: Como estou vivendo? O que preciso melhorar? O que Deus me pede em relação às pessoas com quem convivo?

O Papa Francisco nos diz: “A Quaresma chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola”.

E explica cada um dos pontos:

1) O Jejuar significa “aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de «devorar» tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração”.

2) A prática da oração, por sua vez, ensina a “renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia”.

3) A esmola, “para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos”. O papa recorda que a ‘quaresma’ do Filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus. (…) “Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação”.

Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional

sexta-feira, 5 de março de 2021

Encontro da Pastoral Carcerária da América Latina e Caribe reflete sobre formas de atuação da entidade

 

Com o lema “Pastoral Carcerária sem Fronteiras”, nos dias 8, 9, 10 e 11 de fevereiro foi realizado o Encontro de representantes da Pastoral Carcerária, que contou com a participação de representantes de diversos países da América Latina e Caribe. A atividade foi realizada por meio da plataforma Zoom e do canal do YouTube da Conferência Episcopal Argentina. Dentro desta estrutura, diferentes painéis foram desenvolvidos a cada dia.

O evento começou com a abertura de Dom Juan Carlos Ares, bispo auxiliar de Buenos Aires e presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral Carcerária. O primeiro painel foi “A missão da Pastoral Carcerária latino-americana à luz do magistério do Papa Francisco”, a cargo de Dom Esteban María Laxague, bispo de Viedma.

Durante a mesa, foi fornecido um conteúdo claro para que os agentes pastorais saibam fundamentar e defender suas opções, aceitando fazer parte desta Pastoral Carcerária, pontos do documento de Aparecida foram retomados, além do conceito de “reclusão não é exclusão”, do Papa Francisco.

O segundo dia foi centrado na “espiritualidade da Pastoral Carcerária latino-americana à luz dos ensinamentos do Papa Francisco”. Neste painel foram desenvolvidos os temas como Pastoral Carcerária da encarnação, profética e da restauração. Do ponto de vista teológico, refletiram eles, a Pastoral Carcerária é uma de reconciliação. A restauração é a consequência da reconciliação.

O terceiro dia foi dedicado ao tema “Mulheres na pastoral carcerária latino-americana à luz da doutrina do Papa Francisco”. Este painel foi liderado por María Patricia Alonso, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária. Irmã Petra, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária do Brasil, Irmã Nelly León Correa, religiosa do Bom Pastor, fundadora e presidente da Fundação “Levántate”, do Chile, também compuseram este painel; e Dra. Janeth Del Rocío Torrez, assessora e coordenadora da Pastoral Carcerária da Bolívia. Elas refletiram sobre o papel das mulheres na Igreja e, especificamente, na Pastoral Carcerária.

Cada uma delas expôs sua experiência como mulher neste mundo de prisão. Dra. Janeth expressou: “Somos alma, coração e mãos na Pastoral Carcerária, pelos princípios do Batismo, vocação e visão. Por esses princípios, tanto os homens quanto as mulheres têm o direito de participar igualmente na Igreja”.

Irmã Nelly, por sua vez, compartilhou sua experiência de viver este ano pandêmico na Penitenciária Feminina de Santiago do Chile, a fim de atender às presidiárias, já que não poderia entrar de outra forma.

Irmã Petra destacou que é a primeira mulher Coordenadora da Pastoral Carcerária do Brasil. “A mulher é a fonte da vida, mas ela é constantemente ofendida, espancada; o Papa Francisco nos diz: ‘Estamos atrasados, é verdade, tem que haver mais mulheres na Igreja, mais mulheres são necessárias em posições de liderança”.

O último dia teve como eixo o painel “Um passo para a justiça misericordiosa. A Justiça Restaurativa à luz do magistério do Papa Francisco ”. O painel foi conduzido pela Dra. María Jimena Monsalve, juíza e membro do Secretariado. Participaram o padre Oscar Granados de Porto Rico e o diácono Edgardo Farías, de Miami.

O padre Oscar desenvolveu o assunto com fundamento bíblico, e os conceitos fundamentais da justiça restaurativa. O diácono Farías, por sua vez, refletiu sobre os encarceramentos nos hospitais-prisões, a partir do capítulo 7 da Fratelli Tutti. Nesse sentido, percorreu o itinerário da reconciliação e do tratado magisterial sobre Justiça Restaurativa: Contenção; compreensão, compaixão e perdão.