Teófilo

Queridos amigos, esta coluna de nosso Blog São Dimas, sempre vai nos apresentar uma pessoa que se dedica por amor à Pastoral Carcerária Arquidiocesana. Deste modo, adotamos o nome Teófilo, para esta coluna de nosso Informativo.

O nome Teófilo significa "amigo de Deus" e por esta razão, muitos estudiosos entendem que Lucas utiliza-se deste artifício para dirigir secretamente seus textos a todos os cristãos. Enfim, os nossos convidados que serão entrevistados, nesta coluna são amigos de Deus e dos encarcerados.



Marília das Graças de Oliveira
A coluna Teófilo entrevista, nesta edição, a Sra. Marília das Graças de Oliveira, 64 anos, solteira, aposentada, natural da cidade de Bicas e mora em Juiz de Fora há cerca de 30 anos. De uma família de nove irmãos, seus pais Cezário e Carmelita de Oliveira eram católicos, porém, começaram a frequentar a Igreja Batista. Apesar de ser convidada a participar com eles, Maria das Graças permaneceu firme na Igreja Católica. Além de atuar na Pastoral Carcerária há 3 anos, trabalha também na Pastoral da Criança, em Equipe de Liturgia e na Obra dos Pequeninos de Jesus.

Como foi seu primeiro contato com a Pastoral Carcerária?
Há muitos anos eu queria fazer esse trabalho, mas, na vida, acredito que tudo acontece no momento que Deus quer. Então, quando fui participar de um Encontro da Pastoral Carcerária, no bairro Linhares, eu senti de novo esse chamado e me engajei neste serviço.

Quais experiências a senhora destaca deste trabalho?
Eu sinto que este é um trabalho muito importante porque os encarcerados gostam da nossa presença. Os que são de outras cidades falam que a nossa visita faz muito bem para eles e que ficam muito felizes, porque muitas vezes somente nós os visitamos, por ser difícil para a família vir de longe. Outro fato que me marca muito é que, quando o detento pede para fazer uma oração, ele já vem com a cabeça abaixada para que nós possamos impôr as mãos sobre a sua cabeça e orar. Por ser voluntária na Obra dos Pequeninos de Jesus, muitos deles me conhecem de lá e ficam felizes quando me encontram, porque veem um rosto familiar.

Em relação aos encarcerados como a senhora observa os frutos desta obra e quais suas perspectivas para o futuro?
Todos nós sabemos que as visitas trazem alívio e podem gerar mudança de vida nas pessoas atendidas. E só pelo motivo de pedirem nossa oração, acredito que é o início de uma vida nova. Peço a Deus para que possa fazer uma obra de transformação na vida de cada um através das nossas orações.


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Por Seminarista Paulo Henrique

A coluna Teófilo entrevista nesta edição o Sr. Murilo Jorge Pereira, 67 anos, solteiro, aposentado, aluno do Curso de Teologia, de nosso Seminário Santo Antônio, natural da cidade de Mar de Espanha. O quarto filho de um total de cinco irmãos de uma família católica, que sempre participou dos movimentos da Igreja tendo como exemplo sua Mãe Geralda de Souza (D. Dinha) e sua avó Sebastiana de Souza.

Como foi seu primeiro contato com a Pastoral Carcerária?
Fui convidado a mais ou menos três anos por Padre Osmar Bezerra a constituir um grupo de agente que pudessem atender a necessidade deste trabalho, assistindo a cadeia municipal de Mar de Espanha, que hoje possui um numero aproximado de 22 encarcerados. O Grupo é dedicado e busca participar das formações e ganhou um novo impulso com a presença do Pe. Welington que muito nos impulsiona oferecendo varia oportunidades para aprimorar e ampliar nossos conhecimentos.


Quais experiências o senhor destaca deste trabalho?
No contexto da pastoral algo que muito me marca é a formação, tive oportunidade de participar de alguns encontros do Regional Leste II da CNBB. Neste âmbito percebi o respeito, a dedicação e como olhar no encarcerado a pessoa do próprio Cristo, a possibilidade de sentir com o próximo, de criar laços com as famílias dos encarcerados através da atenção e participação das mesmas nas atividades da pastoral.


Em relação aos encarcerados como o senhor observa os frutos desta obra e quais suas perspectivas para o futuro?
Após um período de trabalho e dedicação observei que o primeiro fruto que se pode colher é a gratidão. Os detentos se sentem gratos por nossa visita e antes mesmo de entrarmos no local que nos é disponibilizado para fazermos nosso momento de oração, eles mesmo começam a organizar, escolhem cantos e buscam tornar melhor nossa interação. Para o futuro renovo minhas expectativas em saber que estou fazendo minha missão, procuro tratar a todos os que passam por este momento de reclusão como sementes que iniciam sua germinação.


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José Fernandes Júnior
Quem é o senhor?

Meu nome é José Fernandes de Almeida Júnior, tenho 28 anos, casado há menos de 1 ano. Sou de uma família católica,sempre participei de ministérios de música, sou catequista da turma de perseverança na Catedral e trabalho como agente da pastoral carcerária.


Como o senhor conheceu a Pastoral Carcerária Arquidiocesana? 

A pastoral carcerária entrou na minha vida a mais ou menos 3 anos, durante a quaresma lendo o evangelho “eu estava na prisão e fostes me visitar” (Mt 25, 36). Foi, então, que resolvi procurar o Padre José Maria (CEM) na época responsável pela pastoral e falei do meu interesse em conhecer o trabalho.


Como o senhor se sente realizando este serviço de caridade?

Feliz e realizado como filho de Deus, pois o trabalho da pastoral carcerária vem atender ao pedido do próprio Cristo de levar o evangelho a todos. Um dos principais objetivos é devolver a dignidade aos acautelados, levando palavras de esperança, fraternidade e amor.


Como o senhor analisa o trabalho da Pastoral Carcerária Arquidiocesana?

Atualmente a Pastoral Carcerária na Arquidiocese vem passando por uma reestruturação, com a saída do Padre José Maria da coordenação, que foi um dos grandes responsáveis pelo que é a nossa pastoral hoje. A continuação do trabalho ficou sobre a responsabilidade do Padre Welington Nascimento, ele já era padre da pastoral e exercia um excelente trabalho, sempre muito dedicado e comprometido. Acredito que estas mudanças sejam de grande valia e que a Pastoral estará em boas mãos, continuando, assim os trabalhos que são de tão grande importância para a sociedade.

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