tag:blogger.com,1999:blog-69597506382592659582024-02-07T23:02:05.657-03:00Pastoral Carcerária Arquidiocese de Juiz de ForaPastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.comBlogger149125tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-63915349090079374512021-12-29T21:57:00.002-03:002021-12-29T21:57:15.274-03:00O encarceramento em massa no Brasil<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">“Lembre-se dos presos,
como se vocês estivessem na prisão com eles.”<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(Hb 13,3)</span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrCrjF5hnRMLmHl1623qA9B9TJCdHGiDS15fO-uhNYcqNm1Bphl_5TMwy2MA-s3aFC0Ueh1973KsjFInHTK_mTEwZwJGEnzfivrRYlFc3G44f6rM4KbAjyREBHmFJt5KKkLy_UQumCXWj7BDnQIikv7aBp_tgMoqQcioueTYfP1IQMx4G471T7J2iYxg=s720" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="720" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrCrjF5hnRMLmHl1623qA9B9TJCdHGiDS15fO-uhNYcqNm1Bphl_5TMwy2MA-s3aFC0Ueh1973KsjFInHTK_mTEwZwJGEnzfivrRYlFc3G44f6rM4KbAjyREBHmFJt5KKkLy_UQumCXWj7BDnQIikv7aBp_tgMoqQcioueTYfP1IQMx4G471T7J2iYxg=s320" width="320" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Arquivo/ Arquidiocese de Juiz de Fora<br /><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></b><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">O Papa Francisco revela sua atenção afetuosa com os presos e confidencia
que cada vez que passa “pela porta de uma prisão para uma celebração ou para
uma visita” sempre tem “este pensamento: porque eles e não eu?” e que “a queda
deles poderia ter sido a minha”.</span><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Meus queridos irmãos, o Natal de nosso
Senhor Jesus Cristo se aproxima de nós, mesmo neste tempo de dor e de
distanciamento social, devido à pandemia, o Senhor Jesus nos convida a celebrar
o Natal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de
Juiz de Fora deseja, ardentemente, vivenciar a sexta obra de misericórdia
corporal, que é visitar os encarcerados. Queremos estar com eles, para rezar,
conversar, ouvir, enfim, partilhar a alegria do nascimento do menino Jesus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Gostaria nesta singela mensagem de Natal
dirigida a nossa Pastoral Carcerária Diocesana; aos nossos irmãos encarcerados
e a seus familiares, refletir um grande problema que destroem o Sistema Penitenciário
Brasileiro que é: “o Encarceramento em Massa”.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nosso país ocupa o terceiro </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">lugar no ranking dos
países com maior população carcerária no mundo (atrás apenas de Estados Unidos
e China), com 800 mil pessoas presas. De acordo com dados do Infopen (sistema
de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro). <o:p></o:p></span></p>
<p style="margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nas Unidades Prisionais de todo nosso
país predominam a superlotação, a violação de direitos e os recorrentes casos
de maus-tratos e torturas. O “Encarceramento em Massa” nos Sistemas Prisionais
não gerou melhora na Segurança Pública em nossas cidades. Pelo contrário, os
índices de violências nos últimos 25 anos, aumentaram de maneira gigantesca,
vitimando, sobretudo as pessoas pobres, negras, das periferias e de baixo nível
educacional.<o:p></o:p></span></p>
<p style="margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Encarcerar não é solução para por fim, a
tanta violência, pois infelizmente o Estado não cria estruturas que contribuam
para a ressocialização da pessoa presa. Como disse o Papa Francisco em sua
visita ao México (18/02/16), é “um engano social acreditar que a segurança e a
ordem só são alcançadas prendendo as pessoas”, pois as prisões significam dor e
destruição da pessoa humana, é urgente construir novas estruturas que propiciam
a ressocialização, para que, em um futuro próximo, o Sistema Penitenciário
Brasileiro respeite a finalidade da “LEP” (Lei de Execução Penal) que é a
“ressociliazação do preso”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Deste
modo, quero neste espírito natalino recordar a todos vocês meus queridos irmãos
que a Pastoral Carcerária é uma Pastoral Social, enquanto membro do Corpo de
Cristo que é a Igreja tem como missão transmitir a mensagem evangélica; “de
anunciar aos cativos a liberdade e aos cegos a recuperação da vista de pôr em
liberdade os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor”. (Lc 4, 18-19).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">A
Pastoral Carcerária nasce com o próprio Jesus Cristo. Ele envia todos os
batizados a visitar os irmãos presos e Ele mesmo foi um preso. Depois dele, os
apóstolos também foram presos, recebiam visitas. “O sumo sacerdote e todos os
seus partidários encheram-se de raiva, mandaram prender os apóstolos e
lançá-los na cadeia pública. Durante a noite, porém, o anjo do Senhor abriu as
portas da prisão e os fez sair.” (At 5, 17-20).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">“Estive
preso e fostes me visitar” (Mt 25,36). Esta passagem evangélica ilumina a nossa
missão junto aos nossos irmãos presos. Pois todos nossos irmãos encarcerados
foram também criados por Deus, logo, fazem parte da “Casa Comum” e o Menino
Jesus se identifica amorosamente, com cada um deles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Enfim,
perguntaram a Jesus: “quando foi que te vimos preso e fomos te visitar?” Jesus
respondeu: “todas as vezes que vocês o fizeram a um dos menores dos meus
irmãos, foi a mim que o fizeram” . (Mt 25,40). Abençoado e Santo Natal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Cordialmente,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Padre Welington
Nascimento de Souza<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Assessor Eclesiástico
da Pastoral Carcerária<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></b></p><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"></span></b><p></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-74701819963334169962021-12-22T21:58:00.001-03:002021-12-29T22:06:18.208-03:00Celebração na Penitenciária Edson Cavalieri marca preparação do Natal e retorno das atividades da Pastoral Carcerária<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p> <span style="background-color: #f3f2f8; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;">Na tarde da última terça-feira (21) aconteceu a Celebração da preparação de Natal com os encarcerados da Penitenciária José Edson Cavalieri. Cerca de 70 pessoas, incluindo funcionários do local, participaram da Eucaristia que foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira.</span></p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">A Missa marca o retorno das atividades religiosas nas unidades prisionais. Após dois anos de atividades paralisadas, devido a pandemia, o estado autorizou o reinicio das ações da Pastoral Carcerária. Na ocasião, também houve atendimento de confissões.</p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">A Subdiretora de humanização no atendimento, Lucinda Monteiro Tavares, afirmou notar a importância de tal gesto. “A gente vê a emoção, a reflexão, e perto do natal isso tem significado ainda maior. A presença do bispo, da pastoral, isso tudo traz uma valorização e uma humanização que a gente sempre busca no nosso trabalho”.</p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">Padre Welington Nascimento de Souza, assessor da pastoral, ressaltou que Eucaristia tem a intenção de ação de graças. “A gente está passando por um tempo complicado, que foi o tempo da pandemia, e começando um retorno seguro. Se Deus quiser, no ano que vem, a gente vai retornar o nosso trabalho, pelo menos duas vezes na semana.”</p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">Em entrevista, o Arcebispo recordou que todos os cuidados necessários para a celebração foram tomados e também por isso nem todos puderam participar da Santa Missa. Ele também falou sobre a importância de tal momento. “Nós sempre estamos aqui, presentes, para rezar, para pedir a Deus, para afastar todos os males, para ajudar a recuperação daqueles que aqui estão, para que possam voltar a vida social”.</p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">Em meio as orações e estimas de boas festas, foi possível encontrar algumas criações artísticas dos encarcerados sobre o Natal. As encarceradas participaram do “Segundo Concurso de Desenho do Anexo Feminino Eliana Betti”, avivando assim corredores do local.</p><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;">Fonte: Site da Arquidiocese de Juiz de Fora</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEju1GM0LuhhjWW46SP16CPX2duIee4rNuBVDZOoWnzQVaMMvR6Np7rOYN-aq-sNczGylBAJ0dyCHOSRpf2Cy2cQPlL7SxNzCvG-cz2vSGNBsznjRnOQXEmw5Ez209JYLzZ8ZuqGcE7zc0qUXwC6xBJqaVPMez6S-ZQcDc8myFW7ZuQ9cHnDVuyHIafuVg=s1728" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1296" data-original-width="1728" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEju1GM0LuhhjWW46SP16CPX2duIee4rNuBVDZOoWnzQVaMMvR6Np7rOYN-aq-sNczGylBAJ0dyCHOSRpf2Cy2cQPlL7SxNzCvG-cz2vSGNBsznjRnOQXEmw5Ez209JYLzZ8ZuqGcE7zc0qUXwC6xBJqaVPMez6S-ZQcDc8myFW7ZuQ9cHnDVuyHIafuVg=s320" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6WHrh9oIvS-be-VK-sfVccmHjr_GfLPn__SDI1hB11Hhfc0cJcHZnCwRd_JKFsoRjKkm8ssGRXrKiIjkGX6t3rxczcgAMgmut2KaIh-7s3ofYFc9UeAnKkZiHjDRNSEsIevMxpCIN-gwJ5dZk8hdvnuXDrUfnzJ174QnLf7hzvftah1kWMkpNe6qKCg=s1280" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6WHrh9oIvS-be-VK-sfVccmHjr_GfLPn__SDI1hB11Hhfc0cJcHZnCwRd_JKFsoRjKkm8ssGRXrKiIjkGX6t3rxczcgAMgmut2KaIh-7s3ofYFc9UeAnKkZiHjDRNSEsIevMxpCIN-gwJ5dZk8hdvnuXDrUfnzJ174QnLf7hzvftah1kWMkpNe6qKCg=s320" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiMBwGJUS65c-SncVJVzyUaFq322lHb9x2OJ3JQ6Mf_DslA4rfwIbfrX2tcNT0mpZNlT-4FO5LkjUZCuy0DHr1B3TU361A-Tm0HYRr0-rQGXFZSYkyKX-bDzF7V_JJY-mnFEuUoRdDc63SotMOP9EBGAJxMfRbHl1sB9FZT_qDSRVdBxdljDnmpUItF_A=s1280" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiMBwGJUS65c-SncVJVzyUaFq322lHb9x2OJ3JQ6Mf_DslA4rfwIbfrX2tcNT0mpZNlT-4FO5LkjUZCuy0DHr1B3TU361A-Tm0HYRr0-rQGXFZSYkyKX-bDzF7V_JJY-mnFEuUoRdDc63SotMOP9EBGAJxMfRbHl1sB9FZT_qDSRVdBxdljDnmpUItF_A=s320" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhd1lSmkkn50vv7f3l6cG-IoCrXPW1HSrVEQaT9y2-lsMObS_rc08DtsHJ-LHMpPnVfoZV-19PBeRolrYQ-jBYLfap3cEo4Czg_o9M_Ao_NiX0MTg9gsz4gryKloJpG78rPvH3bgV72dKGzaA-x4Ua-rj9QGl_1CJ_IEIkfR7uw3ZVALabuquPhj-DQWg=s1280" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhd1lSmkkn50vv7f3l6cG-IoCrXPW1HSrVEQaT9y2-lsMObS_rc08DtsHJ-LHMpPnVfoZV-19PBeRolrYQ-jBYLfap3cEo4Czg_o9M_Ao_NiX0MTg9gsz4gryKloJpG78rPvH3bgV72dKGzaA-x4Ua-rj9QGl_1CJ_IEIkfR7uw3ZVALabuquPhj-DQWg=s320" width="320" /></a></div><br /><p style="background-color: #f3f2f8; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Poppins, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-4270979174719025242021-07-25T09:00:00.001-03:002021-07-26T14:28:15.355-03:0025 de Julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO6IXnT2LBhnmsHVPZL5-1mfO2PIWebpIkVPAfbA3inwzL70HNAIWqss5WZl3i4MTukKQmsWAhb3p1GQl1oBMFIeMx8L0rlHK5enpyogVWsFZK0AGOQFYqCVVPkto9cDnh8XfL_lfMfdgR/s768/f10f97b7-57d0-478e-ba96-fda5fbfd09ce-768x768.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="768" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO6IXnT2LBhnmsHVPZL5-1mfO2PIWebpIkVPAfbA3inwzL70HNAIWqss5WZl3i4MTukKQmsWAhb3p1GQl1oBMFIeMx8L0rlHK5enpyogVWsFZK0AGOQFYqCVVPkto9cDnh8XfL_lfMfdgR/s320/f10f97b7-57d0-478e-ba96-fda5fbfd09ce-768x768.jpg" /></a></div> <em>Setor da Mulher Encarcerada da Pastoral Carcerária Nacional</em>
<p></p><p>O Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha, memorado em 25 de
julho, reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência
em uma sociedade estruturalmente racista, misógina, machista, e nos faz
refletir sobre a vida dessas mulheres.</p>
<p>Lembremos da líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e
resistência da comunidade negra e indígena, que representava,
enfrentando a escravidão por mais de 20 anos.</p>
<p>Em seu nome e de tantas mulheres que foram e são importantes para nossa história, é que também seguimos.</p>
<p>Mais da metade da população brasileira é negra, segundo dados do
IBGE, e em especial as mulheres negras protagonizam os piores
indicadores sociais do país.</p>
<p>De acordo com o Atlas da Violência de 2019, 66% de todas as mulheres assassinadas no país naquele ano eram negras.</p>
<p>Além disso, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo
da linha da pobreza, de acordo com a última Síntese dos Indicadores
Sociais do IBGE. Contudo, uma vez garantida a vida e superada a miséria,
os desafios continuam.</p>
<p>Apesar de, pela primeira vez, os negros serem maioria nas
universidades públicas, como aponta a pesquisa “Desigualdades Sociais
por Cor ou Raça no Brasil” do IBGE, mulheres negras ainda recebem menos
da metade do salário de homens e mulheres brancas no Brasil,
independente da escolaridade.</p>
<p>E são a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica,
obstétrica e da mortalidade materna, além de estarem na base da pirâmide
socioeconômica do país.</p>
<p>O sistema prisional também é seletivo e tem cor. De acordo com o
Infopen Mulheres (2017), somadas as mulheres encarceradas de cor/etnia
pretas e pardas totalizam 63,55% da população carcerária nacional, ou
seja, grande parte dos presídios femininos são compostos por mulheres
negras.</p>
<p>Esse pode ser considerado um perfil de mulheres que ilustra o reflexo
de décadas de escravidão. As regiões norte e nordeste são as mais
impactadas pelo regime coronelista até os dias de hoje, concentrando um
maior número dessa população: no Acre, trata-se do total de 100%, na
Bahia, 92% e no estado do Ceará, 94% das mulheres encarceradas são
negras.</p>
<p>As mulheres negras precisam enfrentar, além do preconceito racial, o
de gênero, e aqui fazemos alguns recortes do ser mulher negra cis e
mulher LGBT, sobretudo o grupo T, que são alvos de diversas práticas
preconceituosas e por vezes violentas.</p>
<p>Além da sobrecarga estigmatizada por serem mães, são tidas como
“irresponsáveis” ou “oferecem riscos às suas crianças”. Em sua maioria,
elas se veem sozinhas quando inseridas na prisão, pois, o abandono de
seus parceiro(as) e familiares é ainda maior devido a um julgamento a
respeito do suposto fracasso como mulher, esposa e mãe.</p>
<p>A mulher negra é invisibilizada diante da sociedade, não possui voz, e
precisamos fazer essa reflexão de como o presídio feminino pode agravar
ainda mais esses estigmas, ao invés de cuidar para que essa mulher
negra consiga se ver sendo parte da sociedade, com seus direitos
respeitados e oportunidade de mudança de vida.</p>
<p>Apesar de estarmos apontando um lugar de dor experienciado por essas
mulheres negras, é importante que a reflexão volte algumas casas,
resgatando o processo histórico de escravização, onde corpos negros
foram dominados, encarcerados e mercantilizados.</p>
<p>Vínculos familiares foram rompidos e foi plantada a semente da
discórdia entre as diversas nações africanas, amontoadas em cubículos
apertados. Esta cena se reflete no antiquado novo processo de dominação.
Um sistema penal implantado para controlar e lucrar com pessoas
colocadas em situação de marginalidade e vulnerabilidade. Após 130 anos
da falsa abolição, ainda é possível se deparar com os descendentes
daqueles corpos negros outrora arrancados do continente africano sendo
dominados, encarcerados em massa e colocados nos planos de privatização,
gerando rendimentos lucrativos às instituições que administram as
unidades prisionais.</p>
<p>As mulheres mães e gestantes se assemelham ao processo que foi a Lei
do Ventre Livre, uma vez que seu corpo é dominado/encarcerado mas apenas
o útero é livre, possibilitando a libertação do nascituro. Libertação
essa que por vezes é brusca, rompendo violentamente os vínculos
familiares, a relação e culpabilização entre mães e filhas(os).</p>
<p>O racismo estrutural ainda atravessa nossas relações e as
instituições das quais fazemos parte. A prisão feminina no Brasil é um
exemplo de instituição que reproduz essa realidade com violência, pois
apresenta de forma escancarada a reprodução da exclusão e marginalidade
das mulheres negras.</p>
<p>O sistema de encarceramento é seletivo e o Poder Judiciário
brasileiro prende, julga e condena as mulheres sem nem ao menos levar em
consideração possíveis medidas alternativas.<br />
Ao visitarmos os presídios femininos do Brasil, nos deparamos com a
feminização e o enegrecimento nas prisões, sugerindo a perpétua
dominação e consequentemente o aumento prejudicial dessa população.</p>
<p>Os supostos motivos que as aprisionam estão relacionados sobretudo à
participação no mundo do tráfico, roubos e furtos; relacionados muitas
vezes à parte econômica, desemprego e a classe social.</p>
<p>A população negra sofre opressão e exclusão social antes mesmo de
adentrar ao sistema. Precisamos refletir a respeito das vivências das
mulheres negras que se encontram no regime fechado e colaborar no
desenvolvimento de políticas públicas para potencializar essas vidas no
seu retorno à sociedade, tendo em vista o quão estigmatizante é este
sistema.</p>
<p>As experiências e vivências das mulheres negras deveriam ser levadas
em consideração pelo sistema prisional e não se pautar em uma sociedade
estruturada no racismo, sexismo, lgtbfobia e machismo.</p>
<p>É necessário pensar em vias alternativas e na correta execução da
Constituição Federal, bem como de portarias específicas para o
desencarceramento das mulheres: as condições de cidadania necessárias à
prevenção a todas as violências que sofrem, o atendimento social às
demandas de formação para o trabalho, saúde e educação, na busca de um
mundo sem cárceres.</p><p>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional<br /> <br /></p>
<p><strong>Referências</strong></p>
<p><strong>BRASIL. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias
Infopen Mulheres, Ministério da Justiça, 2017. Disponível em :
http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen-mulheres/copy_of_Infopenmulheresjunho2017.pdf
.</strong></p>
<p><strong>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.htm .</strong></p>
<p> </p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-12723242697603372012021-07-14T16:21:00.001-03:002021-07-14T16:21:09.038-03:00Dica de Leitura para Estudos da Justiça Restaurativa: “Reflexões e Exercícios para Aliviar as Feridas do Coração”<p> </p><p>Os agentes de Pastoral Carcerária que já fizeram os cursos de Justiça
Restaurativa sabem bem que o autocuidado é parte importante da
formação. Os círculos de paz e a ESPERE (Escola de Perdão e
Reconciliação) preza pelo autoconhecimento e pela capacidade de se
expressar dos participantes.</p>
<p>Pensando nisso, viemos trazer uma dica de leitura e estudo para todos
os integrantes de JR e também para aqueles que desejam começar a
trilhar este caminho na própria vida. O livro “Reflexões e Exercícios
para Aliviar as Feridas do Coração” é uma obra escrita pelo professor
Marcelo L. Pelizzoli no intuito de explicar e levar o leitor a uma
prática diária de observação interior.</p>
<p><img alt="" class="alignleft wp-image-33461" height="344" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/07/jr.jpg" width="258" /></p>
<p>Tempo, paciência, disciplina e foco são primordiais para iniciar e
continuar o processo. No decorrer da vida criamos mecanismos de defesas
que acabam nos influenciando na maneira de olhar e interpretar o mundo.
Os acontecimentos nos marcam e nos deixam rastros que, por hora,
tentamos esquecer e evitar relembrar.</p>
<p>Os primeiros passos oferecidos no livro é descobrir quando o
comportamento é identificado como defesa ou proteção. Há diferença nas
reações, pois a primeira está no inconsciente e se trata de uma reação
instantânea, já a outra é consciente e benéfica para a saúde psíquica e
emocional.</p>
<p>Enquanto agentes de Pastoral Carcerária e facilitadores (as) é
importante se abrir e conhecer a si mesmo. Ao adentrar o cárcere as
camadas de preconceito e o impulso de julgamento devem ser superados e
deixados de fora, pois valorizamos toda a pessoa humana e sua
integridade física, mental e espiritual, independente do motivo que a
levou para o sistema prisional.</p>
<p>Quer queira ou não, quando estamos feridos e não nos tornamos
conscientes da própria história, reproduzimos atos cristalizados em
nossa educação e isso prejudica como vemos o mundo. De fato, o
autoconhecimento não é um processo fácil, mas é um dos caminhos de
cuidar de si mesmo e ajudar os irmãos e irmãs mais necessitados.</p>
<p>Para acessar o PDF e começar a caminhada de autoconhecimento é só
clicar abaixo e dar o start nas etapas e cuidar do sofrimento do seu
coração ferido. “A gratidão e o amor por si mesmo, pelos outros e pela
vida que aliviam as feridas do coração” (trecho retirado do livro).</p>
<p><strong><a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Livro-Digital-Como-aliviar-as-feridas-do-corac%CC%A7a%CC%83o.pdf">Livro “Reflexões e Exercícios para Aliviar as Feridas do Coração”</a></strong></p>
<p align="justify"><em>Texto: Maria Ritha Ferreira da Paixão </em></p><p align="justify"><em>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></em></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-27900461382680476122021-07-09T09:06:00.002-03:002021-07-09T09:06:28.234-03:00PCr realiza assembleia com representantes estaduais para debater fechamento do cárcere e tortura<p> </p><p style="text-align: justify;">Nos dias 18 e 19 de junho ocorreu a assembleia virtual da Pastoral
Carcerária. Participaram 30 pessoas, representando os estados do país,
além da coordenação nacional da PCr.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-29543 alignleft" height="242" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2018/07/logotipo_pastoral-1-259x300-300x300-1.jpg" width="242" /></p>
<p style="text-align: justify;">A assembleia se iniciou com uma oração e partilha da realidade
carcerária nos estados. Um ponto muito semelhante, relatado pela maioria
dos coordenadores presentes, foi o fechamento e a dificuldade de acesso
ao cárcere na maioria dos estados brasileiros.</p>
<p style="text-align: justify;">No dia seguinte, o Padre Gianfranco Graziola, assessor da PCr
Nacional, iniciou os trabalhos, falando sobre a Pastoral como Igreja em
Saída e a visão do Papa Francisco, seguido por D. Henrique, bispo
referencial da PCr Nacional.</p>
<p style="text-align: justify;">Irmã Petra, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, e Lucas
Gonçalves, assessor jurídico, falaram sobre a questão da prevenção e
combate à tortura nos cárceres e os eixos que PCr Nacional tem para
executar essa prevenção.</p>
<p style="text-align: justify;">Medidas como o atendimento jurídico de agentes da pastoral e
familiares, encaminhamentos de ofícios e denúncias, articulações com
outras entidades de direitos humanos, nacionais e internacionais e a
incidência na mídia foram destacados.</p>
<p style="text-align: justify;">Em seguida, os participantes avaliaram a importância da PCr nacional
ter como uma de suas prioridades a prevenção à tortura, e relataram
diversas situações de casos de torturas e denúncias pelo país. Por fim,
Vera Dalzotto, assessora da PCr Nacional para a questão da Justiça
Restaurativa (JR), pediu que os presentes enviassem por email uma
avaliação sobre a importância da JR nos Estados e no trabalho da PCr
Nacional como um todo.</p>
<p style="text-align: justify;">Com as respostas, será produzida uma compilação, para trabalhar o tema de forma mais efetiva.</p><p style="text-align: justify;">Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-86882414865565151412021-07-02T14:15:00.001-03:002021-07-02T14:15:53.297-03:00A importância do trabalho de facilitadores na Justiça Restaurativa<p style="text-align: justify;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNQ39IOFiur39P6_cQdmv9ia9Zc3MlHsWDJI6BI5cDD15DkR2kUPoKf7anuL_H-QTKslDs071XIWAt1gBJBOoYCiac7jF_C9FDnYE1v_WevVChcogXGuVoDoKgmRtJt0cLN5d7SM4UgjzT/s768/foto+pastoral+carcer%25C3%25A1ria.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="575" data-original-width="768" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNQ39IOFiur39P6_cQdmv9ia9Zc3MlHsWDJI6BI5cDD15DkR2kUPoKf7anuL_H-QTKslDs071XIWAt1gBJBOoYCiac7jF_C9FDnYE1v_WevVChcogXGuVoDoKgmRtJt0cLN5d7SM4UgjzT/s320/foto+pastoral+carcer%25C3%25A1ria.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;">A Pastoral Carcerária, desde 2009, tem se comprometido na formação de
facilitadores nos métodos/filosofia da Justiça Restaurativa (JR). O
primeiro curso ofertado pela PCr Nacional foi a metodologia ESPERE
(Escola de Perdão e Reconciliação). Agentes da PCr de diversos estados
iniciaram os primeiros passos da JR e voltaram com o objetivo de
multiplicar o curso ESPERE e práticas restaurativas nas suas comunidades
e no sistema prisional. A formação proporcionou aos participantes
possibilidades de trabalharem entre outros o autoperdão e facilitação de
círculos.
</p><p style="text-align: justify;">Padre Gianfranco Graziola participou da primeira turma e até hoje
guarda aprendizados que aplica no seu dia a dia: “Eu aprendi a ser
assertivo na comunicação. ” E ressalta uma postura tranquila também de
escuta, sempre em contínuo crescimento.</p>
<p style="text-align: justify;">Este autoconhecimento é fundamental quando se trata de nossa vida e
da vida de outras pessoas. É preciso estar bem e enfrentar os próprios
dilemas da vida para, enfim, ajudar o próximo nas suas dores, feridas e
cansaços, a fim de leva-los ao autoperdão.</p>
<p style="text-align: justify;">Os facilitadores são agraciados por se tornarem articuladores de
escuta empática, por zelar pelos elementos estruturais de um círculo, e
por assegurar uma maneira diferente de resolução de conflitos. Uma
vivência que se autorregula na condução do passo a passo de um roteiro,
que é revestido dos elementos estruturais. É a partir dos ensinamentos
da Justiça Restaurativa, que os facilitadores aprendem a lidar com as
diversas experiências da vida e gestam um modelo restaurativo, frente ao
paradigma punitivo instituído nas prisões.</p>
<p style="text-align: justify;">Existem inúmeras maneiras de trabalhar as situações conflituosas, e a
história de cada pessoa influência diretamente no processo. Por isso, é
possível pensar que os facilitadores são formados e desafiados para
buscar um novo modo de olhar a vida diante das diversas realidades.</p>
<p style="text-align: justify;">Sirley Aparecida Trindade Barreto foi uma das facilitadoras pioneiras
na Justiça Restaurativa, que terminou o curso decidida a levar as
práticas restaurativas para o seu estado do Mato Grosso do Sul. A agente
relata ter relutado muito, mas decidiu ir e enfrentar todas as etapas
do curso.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33431 aligncenter" height="376" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-01-at-12.00.45-1024x767.jpeg" width="502" /><br />
Após várias tentativas de implantar a formação de novos facilitadores na
sua região, Sirley decidiu levar as práticas restaurativas para dentro
da unidade prisional masculina da cidade de Coxim. Os resultados foram
satisfatórios e geraram outra dinâmica na convivência entre os privados
de liberdade.</p>
<p style="text-align: justify;">Hoje, após 12 anos, a agente partilha histórias marcantes
socializadas dentro das unidades, e afirma terem sido momentos de
reviravolta em sua vida. A importância da sua presença neste ambiente
abriu as portas para que os rapazes pudessem desabafar e estabelecer um
novo modo de convivência entre si.</p><p style="text-align: justify;">Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-90445870431909655342021-06-23T09:52:00.003-03:002021-06-25T09:54:44.832-03:00Pastoral Carcerária lamenta o falecimento da Irmã Telma Lages<p> </p><p style="text-align: justify;">Faleceu ontem (22) em Boa Vista, Roraima, a Irmã Telma Lages,
Religiosa das Missionárias de Nossa Senhora da Dores. Desde 2015, ela
assumiu a Coordenação do Centro de Migrações e Direitos Humanos (CMDH)
da Diocese de Roraima. Para melhor servir na missão, ela se formou em
Direito, tornando-se ponto de referência para os migrantes e também no
campo dos Direitos Humanos.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-33417 alignleft" height="230" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/06/irma-telma.jpeg" width="409" /></p>
<p style="text-align: justify;">Comprometida com a causa dos pobres e marginalizados, alegre, festiva
e decidida, um grande coração que batia para os últimos e esquecidos e
que continuará a bater e animar os passos de quem continua esta
peregrinação, na opção preferencial para os pobres. Esta marca permanece
nas suas palavras, escritas no perfil da Campanha “a Vida por um fio”
que aqui queremos ecoar:</p>
<p style="text-align: justify;">“Religiosa Missionária de Nossa Senhora das Dores. Não me vejo de
outra maneira, se não fosse missionária, seria missionária. Mineira, das
boas terras drummondianas, há sete anos conquistada pelo Norte. Já
chamo farofa de paçoca, rotatória de bola, facão de terçado. Então, já
sou roraimada. Sou advogada e milito na área de Direitos Humanos e
Migrações. Coordeno o CMDH – Centro de Migrações e Direitos Humanos da
Diocese desde 2015. Vou aprendendo com a imigração e deixando que ela me
transforme, porque cada dia estou diferente do dia anterior. Minha
conversão se dá assim, gradativamente”.</p>
<p style="text-align: justify;">A Pastoral Carcerária Nacional, une-se e solidariza-se com seus
familiares, a Congregação Religiosa das Missionárias de Nossa Senhora
das Dores e a Diocese de Roraima. Unida na oração, pede a Deus o
descanso eterno por esta sua discípula missionária fiel, vivendo agora a
plenitude de Deus e intercedendo junto a ele por um mundo mais
fraterno, humano, solidário e sem cárceres.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>23 de Junho de 2021</strong><br />
<strong>Coordenação nacional da Pastoral Carcerária</strong></p><p style="text-align: justify;"><strong>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></strong></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-25604342979654779962021-06-02T10:06:00.003-03:002021-06-02T10:06:32.881-03:00No dia das mães, agentes da PCr realizam ações nos presídios<p> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os agentes da Pastoral Carcerária têm
enfrentado, desde o início da pandemia, com o maior fechamento do
cárcere, uma série de dificuldades para realizar seu trabalho. Mesmo
assim, os agentes continuam a trabalhar e fazer o que podem para
auxiliar as pessoas encarceradas. </span><span style="font-weight: 400;">Neste mês de maio, uma série de ações aconteceram por todo o país por conta do dia das mães.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em Pernambuco, ocorreu na
Penitenciária Feminina de Abreu e Lima (CPFAL) uma comemoração do dia
das mães, com a doação de materiais às presas pelos agentes da
Pastoral. </span></p>
<p><img alt="" class=" wp-image-33393 aligncenter" height="289" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/05/WhatsApp-Image-2021-05-16-at-12.45.59-1-1024x472.jpeg" width="627" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A diocese de Patos (MG) realizou um
almoço no presídio feminino da cidade, no qual as mães puderam conviver
entre elas e assim fazer um resgate da história do ser mãe.</span></p>
<p><img alt="" class=" wp-image-33394 aligncenter" height="376" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/05/WhatsApp-Image-2021-05-08-at-13.53.29-1-1024x768.jpeg" width="502" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A PCr da Arquidiocese de Belo
Horizonte, no Dia das Mães, enviou para quatro unidades prisionais
femininas um total de 734 kits, que continham uma caneta, três
envelopes, um sabonete, um pacote de biscoito e refresco, uma revista de
Caça Palavras e um cartão para o dia das mães. Para o Presídio Feminino
de Vespasiano, também foi enviado um vídeo com uma pequena reflexão na
Palavra de Deus.</span></p>
<p><img alt="" class=" wp-image-33395 aligncenter" height="622" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/05/WhatsApp-Image-2021-05-10-at-16.18.13-1-768x1024.jpeg" width="467" /></p>
<p><span style="font-weight: 400;">No Distrito Federal foi realizado um almoço, também no dia das mães. A PCr, apesar de não poder entrar, doou os mantimentos.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">E no Paraná, também foi realizada uma
comemoração na penitenciária feminina de Foz do Iguaçu no dia das mães,
em uma parceria da PCr com o conselho da comunidade.</span></p>
<p>A Pastoral Carcerária Nacional também produziu uma série de vídeos,
baseados em relatos de mães de pessoas encarceradas e de sobreviventes
do cárcere, sobre a luta de viver a pena em conjunto como mãe. Confira
os relatos <strong><a href="https://carceraria.org.br/mulher-encarcerada/dia-das-maes-relatos-da-separacao-pelo-carcere">aqui</a></strong>. </p><p>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional<br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-29973905501468490672021-05-13T16:49:00.008-03:002021-05-13T16:49:59.869-03:00PCr Nacional refuta proposta do Depen de substituir assistência religiosa presencial por “sistema fechado de áudio”<p> </p><p>Para ler o ofício na íntegra, clique <a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/05/2021.05.04_Oficio-PCr-59_resposta-DEPEN.pdf">aqui</a>.</p>
<p>A Pastoral Carcerária Nacional enviou um ofício
ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), no qual se opõe à
proposta do órgão de substituir as visitas religiosas aos cárceres por
“sistemas fechados de áudio na forma de rádios ecumênicas”.</p>
<p><img alt="" class="size-full wp-image-29495 alignleft" height="300" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2018/07/logotipo_pastoral-1-259x300.jpg" width="259" /></p>
<p>A PCr analisa que essa é mais uma tentativa de ampliar o fechamento
das prisões à sociedade, que vem se aprofundando desde o início da
pandemia, além de ser uma violação ao direito da pessoa presa de receber
o atendimento religioso.</p>
<p>“E, mais do que isso, a proposta estabelecida no r. Ofício agride
também a própria existência Institucional da Igreja Católica. (…) Não se
pode vivenciar a evangelização no cárcere sem a presença física, sem o
contato próximo e afetivo e sem o diálogo horizontal. Não se pode
expressar qualquer religiosidade sem presença, sem corpo e sem alma”,
diz o ofício.</p>
<p>O documento resgata uma série de legislações nacionais e
internacionais que garantem o direito à assistência religiosa presencial
dentro das prisões, como as Regras Mínimas das Nações Unidas para o
Tratamento de Reclusos, e, diante disto, classifica a proposta do Depen
como “inconstitucional e ilegal”, e pede a “extinção e o arquivamento de
toda e qualquer proposta que vise aniquilar e destruir a assistência
religiosa presencial no cárcere e que vise virtualizar as diversas
relações religiosas que ocorrem nos presídios brasileiros”.</p>
<p>“A proposta, portanto, aniquila qualquer conteúdo à assistência
religiosa, já que a transforma em uma mera reflexão unilateral e sonora.
Não há afeto, não há escuta, não há vida na proposta deste C.
Departamento. Assistência religiosa não é um simples discurso vazio e
sem cor. Trata-se de uma relação dialética imensurável e participativa,
que exige a presença bilateral e escuta mútua”, afirma o ofício.</p><p>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-34518401881933669422021-04-27T15:06:00.002-03:002021-04-27T15:06:15.672-03:00Pe. Gianfranco Graziola: Ressuscitar é se deixar tocar pela misericórdia de Deus<p> </p><p style="text-align: justify;">Fiquei impressionado mais uma vez pela capacidade de Papa Francisco
que, seja os teólogos e como os adeptos do fundamentalismo religioso
consideram fraco e insignificante, em nos dar em poucas pinceladas o
sentido da MISERICÓRDIA DIVINA.</p>
<p style="text-align: justify;">É importante entender de onde vem aquela palavra que, para Jorge
Mário Bergoglio, hoje Francisco, bispo de Roma é quase uma obsessão ao
ponto que ela volta constantemente nos seus discursos e por ela forjou
até um verbo: «misericordeando». E digamos foi até além convocando um
ano jubilar extraordinário dedicado a um tema que em sua vida é central
já visualizado por seu predecessor São João Paulo II ao fazer do II
domingo da Páscoa o Domingo da Misericórdia Divina. A MISERICÓRDIA
centro e motor de uma ação pastoral e eclesial da Igreja em saída, não
mais autorreferencial, não mais dona de uma verdade estéril,
simplesmente acadêmica , mas rica de uma experiência que vem da Igreja
das periferias, enlameada, hospital de campanha, onde ela se faz
samaritana, companheira de viagem, mesmo numa realidade turbulenta,
trocando impressões sobre os acontecimentos do tempo presente, cuidando
das doenças e das chagas das pessoas<br />
de nosso tempo e colocando na prática do dia a dia a revolução da ação
redentora do próprio Jesus cuja preocupação não era a lei, mas a pessoa.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-26074 alignleft" height="350" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2017/09/papa-1024x768.jpg" width="466" /></p>
<p style="text-align: justify;">Para compreender melhor qual é a raiz que sustenta e anima a
Francisco, devemos ir até seu lema episcopal «Miserando atque eligendo» .
Ele partindo da vocação e chamado do publicano Mateus e de uma homilia
de São Beda, o Venerável, monge beneditino, doutor da Igreja sobre os
Evangelhos, relê neste fato o chamado que Deus lhe faz: «Jesus ia a
passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança
dos impostos, e disse-lhe: “Segue-Me”».</p>
<p style="text-align: justify;">Não o viu tanto com os olhos do corpo, quanto com o seu olhar
interior, cheio de misericórdia. Jesus viu um publicano, compadeceu-Se
dele, escolheu-o e disse-lhe: «Segue-Me», isto é, imita-Me. Convidou-o a
segui-lO, mais que com os passos, no modo de viver. Porque «quem diz
que permanecem Cristo deve também proceder como Ele procedeu» (1Jo 2,6).</p>
<p style="text-align: justify;">Mas Francisco, não parou por aqui, ele continua deixando-se olhar
pelos olhos compassivos do mestre experimentando constantemente sua
misericórdia, que por sua vez doa mesmo a quem, como o cardeal Becciu se
desviou do caminho, celebrando com ele a Ceia do Senhor da última
quinta Feira Santa. De fato, o bispo de Roma é profundamente convencido
que as transformações dos discípulos do Senhor acontecem a partir de
fatos concretos que expressem e façam experimentar o abraço paterno,
materno, carinhoso e misericordioso de Deus.</p>
<p style="text-align: justify;">Ele expressou isso mais uma vez isso na homilia do II Domingo da
Páscoa – Domingo da Misericórdia Divina. Após sua ressurreição, ele
disse que, Jesus realiza a «ressurreição dos discípulos»; e estes,
solevados por Jesus, mudam de vida. E isso não acontece antes, apesar de
muitas palavras, exemplos do Senhor, mas agora, depois da Páscoa isso
acontece e se verifica sob o signo da misericórdia. Jesus levanta-os com
a misericórdia. Sim, levanta-os com a misericórdia e eles, obtendo
misericórdia, tornam-se misericordiosos.</p>
<p style="text-align: justify;">E Francisco afirma que os discípulos e nós recebemos a MISERICORDIA
através de três dons que Jesus nos faz: a PAZ, o ESPÍRITO, as suas
CHAGAS. Em primeiro lugar, DÁ-LHES A PAZ. Não traz uma paz que, de fora,
elimina os problemas, mas uma paz que infunde confiança dentro. Não uma
paz exterior, mas a paz do coração. Aqueles discípulos desanimados
recuperam a paz consigo mesmos. A paz de Jesus fá-los passar do remorso à
missão. De facto, a paz de Jesus suscita a missão. Não é tranquilidade,
nem comodidade; é sair de si mesmo. A paz de Jesus liberta dos<br />
fechamentos que paralisam, quebra as correntes que mantêm o coração prisioneiro.</p>
<p style="text-align: justify;">Deus não os condena, nem humilha, mas acredita neles. É verdade!
Acredita em nós mais do que nós acreditamos em nós mesmos. «Ama-nos mais
do que nos amamos a nós mesmos».</p>
<p style="text-align: justify;">Em segundo lugar, Jesus usa de misericórdia com os discípulos
OFERECENDO-LHES O ESPÍRITO SANTO. Os discípulos eram culpados; fugiram,
abandonando o Mestre. E o pecado acabrunha, o mal tem o seu preço. Só
Deus o elimina; só Ele, com a sua misericórdia, nos faz sair das nossas
misérias mais profundas. Como aqueles discípulos, precisamos de nos
deixar perdoar, precisamos de dizer do fundo do coração: «Perdão,
Senhor». Precisamos de abrir o coração, para nos deixarmos perdoar. O
perdão no Espírito Santo é o dom pascal para ressuscitar interiormente.</p>
<p style="text-align: justify;">O terceiro dom com que Jesus usa de misericórdia com os discípulos:
APRESENTA-LHES AS CHAGAS. Com a misericórdia. Naquelas chagas, como
Tomé, tocamos com a mão a verdade de Deus que nos ama profundamente, fez
suas as nossas feridas, carregou no seu corpo as nossas fragilidades.
As chagas são canais abertos entre Ele e nós, que derramam misericórdia
sobre as nossas misérias. As chagas são os caminhos que Deus nos
patenteou para entrarmos na sua ternura e tocar com a mão quem é Ele. E
deixamos de duvidar da sua misericórdia. E isso acontece em cada missa
onde Jesus nos oferece o seu Corpo chagado e ressuscitado: tocamo-Lo e
Ele toca as nossas vidas. E tudo nasce daqui, da graça de obter
misericórdia. Daqui começa o caminho cristão.<br />
Só se acolhermos o amor de Deus é que poderemos dar algo de novo ao
mundo. Assim fizeram os discípulos: tendo obtido misericórdia,
tornaram-se misericordiosos. «Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia,
mas entre eles tudo era comum» (4, 32). Não é comunismo, mas
cristianismo no seu estado puro.</p>
<p style="text-align: justify;">Viram no outro a mesma misericórdia que transformou a sua vida.
Descobriram que tinham em comum a missão, que tinham em comum o perdão e
o Corpo de Jesus: a partilha dos bens terrenos aparecia-lhes como uma
consequência natural. E Francisco nos exorte e convida com força: «Não
vivamos uma fé a meias, que recebe, mas não dá, que acolhe o dom, mas
não se faz dom. Obtivemos misericórdia, tornemo-nos misericordiosos.
DEIXEMO-NOS RESSUSCITAR PELA PAZ, O PERDÃO E AS CHAGAS DE JESUS
MISERICORDIOSO. Só assim anunciaremos o Evangelho de Deus, que é
Evangelho de misericórdia».</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Pe. Gianfranco Graziola, IMC</strong></p><p style="text-align: justify;"><strong>Fonte: Pastoral Carcerária JF <br /></strong></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-41052131476737493612021-04-23T09:58:00.001-03:002021-04-23T09:58:55.370-03:00Questionário sobre coronavírus nas prisões revela que situação no cárcere está muito pior um ano após o início da pandemia<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbOfjcMRmH5vAQ-SE0JEEny-LFrLvtju-I-2IQjskbwnsDR8VRKmbLSvLtiVCvDbiOs1IJzhX1Yt4784ge1gkGv-K784NLVGKFH0z3aSKCZ59vFQKD2k_A9PmBvDOf5qm-aIijvHSMZgQE/s768/pandemia+carcer%25C3%25A1ria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="768" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbOfjcMRmH5vAQ-SE0JEEny-LFrLvtju-I-2IQjskbwnsDR8VRKmbLSvLtiVCvDbiOs1IJzhX1Yt4784ge1gkGv-K784NLVGKFH0z3aSKCZ59vFQKD2k_A9PmBvDOf5qm-aIijvHSMZgQE/s320/pandemia+carcer%25C3%25A1ria.jpg" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A Pastoral Carcerária Nacional
realizou um novo questionário neste ano de 2021, um ano após o início da
pandemia do coronavírus, para ter maior compreensão da situação dos
presídios em meio à enfermidade pandêmica. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A metodologia buscou valorizar
informações colhidas entre familiares de pessoas presas, agentes
pastorais, servidores do sistema prisional, dentre outros, pois estão ou
estiveram em contato direto com as principais vítimas da pandemia no
sistema carcerário brasileiro: as pessoas privadas de liberdade. É a
narrativa das próprias pessoas presas que se espera traduzir na
divulgação destes dados.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O questionário foi lançado no dia 11
de março, e foram recebidas 620 respostas em uma semana. Além das
informações, as pessoas que responderam enviaram uma série de relatos
sobre as diversas dificuldades que vêm sendo enfrentadas. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Dessas respostas, 336 (54,2%) foram de familiares de pessoas presas, e 176 (28,4%) de agentes da Pastoral.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33289 aligncenter" height="315" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-3-1024x1024.jpg" width="315" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os estados com mais respostas foram</span> <span style="font-weight: 400;">RS, SP, GO, PR e MT; todos os estados responderam, com exceção de Tocantins e Sergipe</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em relação às visitas após a
pandemia, 73,8% das respostas disseram que as visitas não foram
liberadas, 11,8% disse que foram liberadas, 12,2% disse que foi liberada
apenas para familiares e 2,1% disse que foi liberada apenas para visita
religiosa.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33290 aligncenter" height="326" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-6-1024x1024.jpg" width="326" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Sobre o material de higiene e
alimentos enviado aos presos pelas famílias, 58,8% das pessoas disseram
que materiais de higiene e alimentos enviados para as famílias aos
presos estão entrando, 20,8%% disse que não e 20,5% não soube responder.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33291 aligncenter" height="354" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-9-1024x1024.jpg" width="354" /></p>
<h5 style="text-align: justify;"><b>Acesso à Informação</b></h5>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em relação à obtenção de informações,
27,8% disse obter informações por meio da administração penitenciária,
29% disse que a Administração não fornece informações, 12% afirma obter
informações por meio de organizações de direitos humanos e/ou
familiares, e 28,8% diz conseguir se comunicar com a pessoa presa
através de videochamada, carta ou e-mail. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33292 aligncenter" height="370" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-12-1024x1024.jpg" width="370" /></p>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Grande parte dos relatos recebidos
diz que a comunicação com a pessoa presa, neste período de pandemia, é
péssima, com os familiares passando muito tempo sem notícias. Da mesma
forma, os encontros virtuais são curtos e as pessoas presas não podem
falar livremente sobre o que ocorre na prisão, pois são vigiados por
agentes. As unidades tampouco informam aos familiares o que está
acontecendo lá dentro e como a pessoa presa está caso esta tenha sido
infectada. </span></p>
<div style="text-align: justify;"><blockquote><p><strong>“[A comunicação é] horrível, meu marido teve
covid, liguei na unidade e não me informaram nada. Ele estava sem
receber remédio e alimentação”</strong></p>
<p> </p>
<p><strong>“A cada dia mais eles delimitam o retorno. Vídeo chamada
ocorre com presenças de um agente, as cartas que eram semanais
diminuíram para uma lauda a cada 15 dias e só tem resposta se alguém
escrever para o preso. Vídeo chamadas demoram meses pra ocorrer”.</strong></p>
<p> </p></blockquote></div>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Sobre se as administrações prisionais
têm tomado medidas para impedir o contágio, muitos dos relatos disseram
que não; pelo contrário, a principal denúncia recebida nessa questão é a
de que muitos servidores sequer usam máscaras, não fornecem informações
de prevenção aos presos e, quando fornecem, são informações erradas. </span></p>
<div style="text-align: justify;"><blockquote><p><strong><br />
“A maioria dos agentes penitenciários sequer utiliza máscara. Uma das
apenadas que represento chegou a dizer a um advogado que ali dentro não
existia mais coronavírus, convicta da informação, passada pelas agentes
da unidade”</strong></p>
<p> </p></blockquote></div>
<h5 style="text-align: justify;"><b>Pessoas presas infectadas com Covid-19 ou que faleceram </b></h5>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">56% das pessoas que responderam
conhecem alguém com suspeitas ou que tenha contraído o coronavírus na
prisão. Os relatos recebidos falam de presos e servidores com o vírus, e
também de casos de surtos em algumas unidades, todos não divulgados e
nem comunicados aos familiares. 81,3% disse não conhecer alguém que
tenha morrido de covid na prisão, e 18,7% disse conhecer. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="alignnone wp-image-33293" height="361" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-10-1024x1024.jpg" width="361" /><img alt="" class="wp-image-33294 alignleft" height="359" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-7-1024x1024.jpg" width="359" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os relatos que a PCr recebeu em
relação às mortes são vagos, pois a falta de comunicação e informação é
latente. Muitas pessoas dizem ter ouvido algo de familiares ou da mídia.</span></p>
<div style="text-align: justify;"><blockquote><p>“Meu marido por exemplo bem no começo da pandemia pegou,
graças a Deus está bem, e já teve celas de isolamento com muitos presos
contagiados pelo vírus”.</p>
<p>“Meu filho e meu marido pegaram, meu filho foi confirmado e meu marido está com suspeita”.</p>
<p>“Muitos pegaram Covid-19. A maioria se curou ali. Agora, quando tudo
parecia mais calmo, já estão surgindo novos casos. Preocupante pois a
saúde está em colapso e eles são a última prioridade em todos os
sentidos”.</p></blockquote></div>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em relação à vacinação, 83% dos que
responderam não sabem como está a situação da vacinação. 16% disseram
que as pessoas serão vacinadas, e cerca de 1% disse que as pessoas estão
sendo vacinadas ou já foram vacinadas.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33295 aligncenter" height="390" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-11-1024x1024.jpg" width="390" /></p>
<h5 style="text-align: justify;"><b>O massacre continua</b></h5>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">No início de abril de 2020, a
Pastoral Carcerária Nacional disponibilizou o primeiro questionário para
obter mais informações sobre a situação carcerária no país durante o
início da pandemia. Em apenas três dias, recebemos cerca de 1213
respostas.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A pesquisa feita no ano passado
mostrou que as visitas às prisões estavam proibidas em praticamente todo
o país, alertando para o início do processo de fechamento das prisões
para a sociedade civil no geral. 1189, ou 98,4% das pessoas afirmaram
que não podiam entrar nas prisões.</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33307 aligncenter" height="414" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/comparativo-1024x1024.jpg" width="414" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em relação a alimentos e materiais de
higiene enviados, 793 (65,9%%) afirmaram que estes não estavam
entrando, enquanto em 304 (25,2%) a resposta foi positiva. 107 pessoas
responderam (8,9%) que não sabiam se a entrada era possível ou não.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Quanto aos casos de suspeita de
COVID-19 entre as pessoas presas, 377 (31,35%) das respostas afirmavam
que havia, enquanto que 207 (17,2%) alegaram que não. 621 pessoas
(51,5%) não sabiam responder se há ou não suspeitas. 245 pessoas (20,4%)
afirmaram saber da existência de pessoas no sistema penal com o vírus,
enquanto que 222 (18,5%) disseram que não sabiam de casos concretos.
Mais uma vez, um grande número de pessoas respondeu não saber: 736, ou
61,2%.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">No questionário realizado em 2020, a
PCr analisou que o dado mais impressionante era a quantidade de
respostas sobre os mais variados temas que diziam não saber: </span><span style="font-weight: 400;">“</span><i><span style="font-weight: 400;">Isso
mostra que as secretarias de administração penitenciária da maioria dos
estados não estão sendo transparentes nas medidas que têm tomado para
combater a pandemia, deixando a população que necessita dessas
informações desamparadas</span></i><span style="font-weight: 400;">”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O questionário realizado neste ano
mostra que essa situação se consolidou e foi ampliada ao longo de 2020 e
neste início de 2021. A falta de informações e a omissão são
estratégias de uma política que serve para manter a estrutura torturante
do cárcere. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O fato de termos recebido uma quantia
muito menor de respostas de um ano para o outro – 1213, comparando com
as 620 de agora – já é, por si só, um sinal deste processo. Muitas
pessoas entraram em contato com membros da coordenação da PCr nacional
diretamente, dizendo que não iriam responder o questionário pela falta
completa de informações. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O processo de fechamento do cárcere
que ocorreu em 2020 fez com que muitas famílias e entidades ficassem no
escuro em relação ao que ocorre no interior da prisão, procedimento que
dificulta ainda mais a fiscalização e a cobrança de medidas de
enfrentamento à pandemia e à tortura. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">As informações que existem –
provavelmente imprecisas e subnotificadas por conta desse fechamento dos
cárceres, o que nos faz pensar que a situação é muito pior – mostram um
cenário muito pior do que no início de 2020. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A pandemia, que era tida como um
problema que não afetaria o sistema prisional, de acordo com o Ministro
da Justiça que ocupava o cargo à época, se tornou uma doença que ceifa
vidas de presos e servidores. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O negacionismo e o obscurantismo se
tornaram ainda mais presentes nas vozes das autoridades que operam e
engendram o sistema prisional, possibilitando e legitimando a expansão
da violência pandêmica no cárcere. O Estado sempre nega a dor vivida
pelas pessoas presas e seus familiares, e durante a pandemia não foi
diferente. Essa dialética entre negar e agredir faz parte da própria
engenharia político-econômica do sistema prisional. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A prevenção é praticamente
inexistente, de acordo com os relatos que recebemos; pelo contrário, a
contaminação dos presos é usada como uma forma de tortura. A enfermidade
se transforma em uma nova arma de violência, responsável pela matança e
pelo adoecimento de pessoas negras, pobres e marginalizadas. A pandemia
virou mais uma engrenagem de tortura nessa operante máquina de morte
que é o cárcere. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Mais do que desenvolver uma nova arma
de violência e atacar os pulmões e as vidas das pessoas encarceradas,
mediante, principalmente, tortura respiratória, o Estado escolheu também
sufocar as vozes e os gritos dolorosos e desesperados das pessoas que
sobrevivem nesses espaços claustrofóbicos. O impacto disso foi uma onda
sangrenta de subnotificação, de silêncio, de adoecimento e de morte. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os dados e os relatos que recebemos
em 2021 revelam a letalidade da pandemia no cárcere, e a inércia
proposital por parte do governo e das administrações penitenciárias, que
causa mais este massacre nos presídios. E como em todos os outros, é um
massacre planejado, anunciado, silencioso e evitável.</span></p>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<h5 style="text-align: justify;"><b>Povos originários em privação de liberdade durante a pandemia</b></h5>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em razão da invisibilidade e da falta de dados sobre a população indígena privada de liberdade, a Pastoral </span><span style="font-weight: 400;">Carcerária Nacional</span><span style="font-weight: 400;">,
em parceria com o Instituto das Irmãs da Santa Cruz (IISC) e o Conselho
Indigenista Missionário (CIMI), irá também apresentar uma sequência de
informações levantadas, em pesquisa empreendida por meio das plataformas
de acesso à informações públicas dos estados brasileiros.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33297 aligncenter" height="378" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-13-1024x1024.jpg" width="378" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Segundo este levantamento realizado
no segundo semestre de 2020, o total de pessoas indígenas privadas de
liberdade no Brasil era de 1.229, sendo que os sistemas de informação
registraram que 1156 seriam homens e 73 mulheres – estes dados
referem-se a 23 estados e DF, uma vez que os estados do Acre, Bahia e
Tocantins não apresentaram suas respostas no prazo legal. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-33298 aligncenter" height="387" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Prancheta-14-1024x1024.jpg" width="387" /></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Este número aponta para um aumento de
13% na população indígena presa no Brasil, em relação ao mesmo
levantamento do CIMI e IISC empreendido no ano de 2019, ou seja, a
pesquisa indica que a pandemia também não repercutiu em medidas
desencarceradoras para os povos originários privados de liberdade no
Brasil.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Foi identificado que os 5 estados que
mais encarceram pessoas indígenas no Brasil, são: Rio Grande do Sul
(382 pessoas), Mato Grosso do Sul (374 pessoas), Roraima (182 pessoas),
Ceará (67 pessoas) e Pernambuco (32 pessoas).</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Ainda, as entidades também
questionaram as gestões prisionais dos estados a respeito da
contaminação por COVID-19 entre pessoas indígenas privadas de liberdade.
Ao todo foram observados 7 estados que informaram casos de
contaminação: Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Rondônia e Roraima.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os dois estados mais alarmantes e não
coincidentemente estão entre os três que mais aprisionam indígenas no
país foram: Mato Grosso do Sul e Roraima.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">No MS, apenas um único
estabelecimento penal do estado, a Penitenciária Estadual de Dourados,
foram registrados 85 casos de contaminação entre homens indígenas. Foi
apurado que o total de homens indígenas presos nesta unidade era de 163 –
ou seja, pelo menos a metade dos homens indígenas privados de suas
liberdades nesta unidade foram contaminados pela COVID-19.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Já em Roraima, não foi especificado
quantos homens indígenas foram contaminados pela doença, apenas que os
casos foram tratados dentro das unidades prisionais, com exceção de um
homem que faleceu no mês de agosto de 2020 e que constou em sua certidão
de óbito a causa da morte como “</span><i><span style="font-weight: 400;">insuficiência respiratória aguda; pneumonia por COVID-19</span></i><span style="font-weight: 400;">”.
Já entre as mulheres, em uma só unidade prisional que custodiava 14
mulheres indígenas, metade delas testou positivo para a doença, passaram
por tratamento dentro da própria unidade e encontram-se aparentemente
recuperadas.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">É importante dizer que as lutas pela
terra, as omissões do governo brasileiro em garantir as demarcações e a
ausência de políticas públicas básicas para pessoas e comunidades
indígenas são fatores que contribuem para a inserção destas pessoas nas
malhas do sistema de justiça criminal brasileiro.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Estas breves informações acerca do
encarceramento dos povos originários no Brasil nos dão pistas que
precisamos seguir monitorando e investigando, já que a realidade é de
grande subnotificação sobre as condições do aprisionamento destas
pessoas e dos reflexos nos povos e comunidades a que pertencem, de forma
que a identificação pode ser um primeiro passo para buscar que medidas
desencarceradoras efetivas e em larga escala que cheguem até essa
população – uma ação de proteção à vida e à saúde em meio ao grave
cenário da COVID-19. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></span></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-49902771964414275502021-04-16T09:26:00.003-03:002021-04-16T09:26:23.389-03:00Justiça Restaurativa: a importância de perdoar<p style="text-align: justify;"> <em>“Prefiro perder a guerra e ganhar a paz”</em><br />
<em>Bob Marley</em></p>
<p style="text-align: justify;">A JR (Justiça Restaurativa) é um processo revolucionário que leva a
mudanças de posturas em relação ao eu interior e ao outro; É o ato de
repensar nossas atitudes e, dessa forma, encontrar a reconciliação
conosco e com o mundo.</p><p style="text-align: justify;">COMO ALCANÇAR A PAZ ?
</p><p style="text-align: justify;"><em>“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos
para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do
homem não produz a justiça de Deus.” (Tiago.1.19)</em></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-33252 alignleft" height="349" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/03/WhatsApp-Image-2021-03-19-at-13.51.51-819x1024.jpeg" width="279" />A paz se dá quando estamos abertos ao perdão , a ESCOLA DO PERDÃO E RECONCILIAÇÃO DIZ PARA DENTRO DE NÓS QUE :</p>
<p style="text-align: justify;">O poder do perdão se mostra como um farol em meio a um mar agitado,
escuro e bastante perigoso capaz de nos afundar sem sentimentos,
pensamentos e atitudes venenosas que corroem nosso interior.</p>
<p style="text-align: justify;">Perdoar significa que tu está disposto a abrir mão da dor que sente,
pois a mesma já tomou tempo suficiente da sua vida, te tirando a paz e o
sossego e agora é hora de se transformar em algo positivo e
construtivo, romper o círculo da vingança que teima em te machucar.</p>
<p style="text-align: justify;">Perdoar é uma das ATITUDES mais nobres que se pode ter. O perdão
desata nós na garganta, conforta corações e promove a paz onde ódio e
vingança não tem mais espaço!</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Leitura da semana: <a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Como_lidar_com_a_raiva.pdf">Como Lidar com a Raiva</a></strong></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-42307444688219996772021-04-08T14:04:00.001-03:002021-04-08T14:04:13.528-03:00Inspeção no Case de Luziânia revela que jovens não tem acesso ao banheiro durante o dia<p> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A Defensoria Pública do Estado de
Goiás, junto com o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura,
realizaram inspeções em três unidades prisionais do Estado em novembro
de 2020.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O resultado das inspeções no Centro
de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Luziânia, na unidade regional
prisional feminina de Luziânia e na Unidade prisional Especial de
Planaltina de Goiás, além de recomendações aos órgãos competentes,
constam em relatório divulgado em janeiro pela Defensoria e Mecanismo
este ano.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="size-medium wp-image-33172 alignleft" height="300" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/gaiolas-284x300.png" width="284" /></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Estrutura da unidade</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Como todo e qualquer espaço de
privação de liberdade, especialmente aqueles destinados à reclusão de
adolescentes, a arquitetura estrutural da unidade de Luziânia é
sangrenta, aterrorizante e cruel, atacando profundamente o art. 94 do
Estatuto da Criança e do Adolescente. A inspeção no CASE apontou que
obras na unidade não foram concluídas e equipamentos não foram
comprados, o que faz com que a estrutura física do local se encontre
“bastante desgastada pelo tempo, com marcas de infiltração, ferrugem nas
grades, e pelas marcas deixadas pela reforma que não foi concluída, que
dá um aspecto degradante, sujo e abandonado. A interdição causada pela
reforma não afetou somente os módulos C e D, mas também as salas de uso
comuns da equipe técnica e dos agentes, que precisaram ocupar as salas
disponíveis de forma improvisada”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A unidade tem adolescentes e jovens
do sexo masculino, com idades entre 12 e 20 anos, em internação
provisória e cumprimento de medida socioeducativa de internação. A
unidade tinha capacidade para 60 adolescentes, mas após a rebelião de
2017 que interditou dois módulos, a capacidade da unidade passou para 30
adolescentes. No dia da inspeção a unidade contava com 28 adolescentes,
sendo três em internação provisória e 25 em cumprimento de medida
socioeducativa de internação.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Também chamou a atenção da inspeção a
presença de um policial militar como coordenador de segurança, e de
policiais militares atuando na porta de entrada do CASE. Essa presença
de policiais militares no cotidiano da unidade tem efeitos negativos
sobre o processo socioeducativo por trazer uma visão de segurança e
disciplina, visto que pode</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">influenciar as perspectivas de
atendimento dos profissionais e o olhar do próprio adolescente sobre sua
responsabilização diante a aplicação da medida de internação.</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;">Além disso, os adolescentes e
jovens em internação provisória ou em cumprimento de medida
socioeducativa não têm acesso ao banheiro durante o dia, recebendo no
kit que é entregue a eles quando ingressam na unidade um galão de 5
litros para que façam suas necessidades.</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;">“Durante o dia, quando precisam defecar usam o isopor das marmitas, quando não é </span><span style="font-weight: 400;">possível fazer o deslocamento do adolescente do dormitório ao banheiro no interior </span><span style="font-weight: 400;">do módulo. Além de ser uma prática que produz constrangimento e sofrimento mental </span><span style="font-weight: 400;">para adolescentes internados no CASE de Luziânia, a situação se agrava pela falta de </span><span style="font-weight: 400;">ventilação, não permitindo que odores sejam dispersados e aumentando o mau cheiro </span><span style="font-weight: 400;">no interior dos dormitórios, e pela inexistência de água corrente nos quartos, que </span><span style="font-weight: 400;">impossibilita
a higienização corporal e do local após fazer as necessidades
fisiológicas. Deve-se enfatizar que a falta de acesso ao banheiro é uma
prática cruel, desumana e </span><span style="font-weight: 400;">degradante, visto que os adolescentes são submetidos a uma situação que ataca à </span><span style="font-weight: 400;">dignidade humana e aos princípios previstos no ECA relativos aos direitos fundamentais </span><span style="font-weight: 400;">de crianças e adolescentes”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O acesso a água também é restrito,
com uma rede hidrossanitária antiga e esgoto a céu aberto, e a rede
elétrica é precária, sendo comum ver fios soltos e quedas de energia.
Também não há qualquer tipo de prevenção contra incêndios, ponto de
atenção e que aponta para a possibilidade de mais uma tragédia
anunciada, conforme atesta o relatório: “É bastante preocupante a falta
de prevenção contra incêndios, haja vista o histórico estadual com
incêndios em unidades socioeducativas, que já resultaram em diversas
fatalidades como as ocorridas em maio de 2018 no Centro de Internação
Provisória (CIP) em Goiânia-GO. Diante de uma situação, que parece
recorrente no sistema socioeducativo estadual, os gestores públicos
precisam atuar de forma diligente para adequar o ambiente socioeducativo
com medidas preventivas, equipamentos dispostos conforme orientação do
Corpo de Bombeiros, protocolos de atuação e treinamento profissional
para atuar nessas situações emergenciais.”. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Saúde e alimentação<br />
</b><b><br />
</b><span style="font-weight: 400;">Em relação à pandemia, a unidade,
segundo o documento, “não possui um módulo ou dormitório exclusivo para
isolamento quando da identificação de adolescentes suspeitos ou
confirmados de contaminação por Covid-19. Os adolescentes ingressantes
na unidade fazem o período de quarentena de 14 dias em Anápolis ou
Formosa, quando são transferidos para Luziânia. Foi relatado que um
adolescente identificado como suspeito de COVID-19 foi isolado de forma
inadequada numa das salas do setor administrativo, de forma
improvisada”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A inspeção também constatou
irregularidades na alimentação fornecida aos adolescentes e jovens, com
alguns alimentos guardados – que foram doações à unidade – que estavam
vencidos desde 2017. “A precariedade da alimentação fornecida na
unidade, seja pela péssima qualidade e higiene, seja pelo baixo valor
nutricional viola o disposto no art. 94, inciso VIII, do ECA e ao
direito humano básico à alimentação adequada, em especial o art. 13,
parágrafo único, da Resolução nº 14/94 do Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária; Regra 22 das Regras de Mandela, Item 37 das
Regras de Havana.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Torturas e maus tratos</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Em relação à torturas físicas e o uso
da força, a inspeção diagnosticou que a presença da PM na unidade,
responsável pela guarda do local, é um fator que em si torna o ambiente e
a resolução de conflitos violenta. A PM também entrou na unidade em
três ocasiões durante 2020.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“Nestas ocasiões foram recorrentes os
relatos de constrangimento dos adolescentes sendo colocados apenas de
cuecas no pátio em filas, sentados no chão e com as mãos na cabeça
(procedimento violador identificado de forma recorrente no sistema
prisional), de agressões físicas e verbais, de contenções e manutenção
dos adolescentes algemados dentro dos dormitórios e de uso abusivo de
armamentos menos letais, como cassetetes, armas de eletrochoque e
espargidores durante as intervenções policiais. Assim é possível
concluir que essa presença cotidiana da PM retira a responsabilidade dos
profissionais da unidade em lidar com as situações de conflito por um
viés menos repressivo e punitivo. Nesse sentido, propicia que o uso
excessivo da força possa levar à prática de tortura ou outros
tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Também não há para os adolescentes a
existência de uma assessoria jurídica. “Pelas entrevistas realizadas,
foi possível constatar a inexistência de assistência jurídica aos
adolescentes na unidade. Isso impossibilita a concretização de uma série
de direitos dos adolescentes, em especial, o direito à informação
adequada em relação ao seu processo, bem como o impede a realização de
entrevista reservada com o seu defensor, conforme prevê o art. 124, III e
IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente, dificultando, inclusive, a
realização de denúncias quanto a eventuais violações de direitos que
ocorram na unidade. 88. Assim, atualmente encontra-se absolutamente
cerrado o acesso dos adolescentes à justiça, impossibilitando-se que as
mais variadas demandas, relacionadas à saúde, educação, condições de
internação e, ainda, garantias e direitos processuais, como pedidos de
reavaliações, que necessitem de decisão judicial, possam chegar ao
conhecimento órgãos do sistema de justiça”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Os órgãos fiscalizadores também
apontaram a raspagem da cabeça de todos os adolescentes que entram na
unidade como uma violação de sua identidade. Por fim, foi registrado a
prática da revista vexatória, tanto nos jovens e adolescentes, como em
seus familiares. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“Por fim deve-se destacar a prática
de revistas minuciosas, íntimas e vexatórias tanto nos adolescentes
quanto nos visitantes, antes das restrições da pandemia e atualmente com
o retorno das visitas. Os adolescentes são revistados antes e depois de
qualquer movimentação feita fora do módulo, seja para atividade interna
ou externa ao CASE. Em ambos casos, a pessoa é obrigada a permanecer
totalmente despida e a agachar nus perante servidores do sistema
socioeducativo. Tal procedimento, conhecido como revista minuciosa,
íntima ou vexatória, configura tratamento cruel, desumano, degradante,
violador da intimidade e da honra das pessoas, contrário às disposições
do art. 5º, III e X, da Constituição da República Federativa do Brasil,
art. 5.2, da Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de São José
da Costa Rica, art. 5º da Convenção Universal dos Direitos Humanos,
art. 7º, do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e art.
1º da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis,
Desumanos ou Degradantes”. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Recomendações</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Ao final do relatório, a Defensoria e
Mecanismo fazem uma série de recomendações aos órgãos competentes para
que as irregularidades constatadas nas unidades deixem de existir. </span><span style="font-weight: 400;">Dentre
elas, está a imediata proibição da revista vexatória em todas as
unidades socioeducativas do Estado, que a reforma no CASE de Luziânia
seja realizada, e enquanto ela não for, que a unidade seja interditada e
os adolescentes e jovens sejam transferidos; retomar a entrada de itens
pessoais, higiene e artesanato fornecido pelos familiares, fornecer
todos os insumos necessários aos adolescentes privados de liberdade,
para que os itens trazidos pela família tenham propósito complementar e
não suplementar a falta de provimento do estado e aumentar a quantidade e
frequência na distribuição de itens de higiene e proteção neste momento
de pandemia.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Até o presente momento, os órgãos e
as autoridades oficiadas pela Defensoria Pública e pelo Mecanismo
Nacional de Prevenção e combate à tortura não apresentaram respostas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;"> Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></span></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-56522940783085053162021-03-22T10:05:00.002-03:002021-03-22T10:05:20.912-03:00Justiça Restaurativa – Assim caminhamos à luz da Palavra<p> </p><p style="text-align: justify;">A PCr — Justiça Restaurativa no período de 2020, desafiada em sua atuação<em> in loco</em>
por causa da pandemia, priorizou os círculos na ambiência online para
acolher, escutar, reconectar, reatar laços e o sentido de pertencimento,
com todos os agentes da PCr.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-33243 alignleft" height="312" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/03/WhatsApp-Image-2021-03-19-at-12.54.01-1024x766.jpeg" width="418" /> </p><p style="text-align: justify;">Com
a pandemia se agravando, a PCr, na pessoa da Assessora nacional para
Justiça Restaurativa, Vera Lucia Dalzotto e equipe, ressignificou de
forma dinâmica, profunda e evangélica, o sentido da missão de ser
presença juntos aos privados/as de liberdade, fortalecendo e encorajando
os/as agentes, com a dinâmica circular – sistematizada por Kay Pranis.</p>
<p style="text-align: justify;">Foram realizados vários círculos em todas as regiões do Brasil,
chegando a atender aproximadamente 200 agentes. Toda semana era
realizado um círculo à noite ou no período diurno. Com essa experiência,
a PCr Nacional deu passos junto com parceiros, como o Moinho de Paz, na
formação de facilitadores de círculo de paz, para 20 agentes de todo
Brasil.</p>
<p style="text-align: justify;">Outra parceria foi com a Faculdade Madalena Sofia (Curitiba PR) dando
continuidade com o curso de extensão – online, esse ainda em andamento –
destinado aos agentes que concluíram a 1ª formação, a fim de se
fortalecerem e serem empoderados como facilitares/as de círculos de paz
na metodologia/filosofia, mística e missão da PCr Nacional.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>VIVÊNCIA CIRCULAR — CAPACITAÇÃO — ESPIRITUALIDADE E PRÁTICA. A
PCr NACIOANAL—JUSTIÇA RESTAURATIVA SEGUE ENCARNANDO O EVANGELHO NO HOJE
DE SUA HISTÓRIA.</strong></p><p style="text-align: justify;"><strong> </strong></p><p style="text-align: justify;"><strong>Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></strong></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-54774737511413491532021-03-17T07:25:00.006-03:002021-03-17T07:25:31.827-03:00Comissão da CNBB lança Carta Pastoral com pedido de medidas de combate ao tráfico de pessoas agravado na pandemia<p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao
Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
demais entidades que compõem o Fórum Ampliado, divulgaram nesta
quinta-feira, 11 de março, uma Carta Pastoral na qual interpelam a
Igreja no Brasil, governos e a sociedade brasileira sobre pontos que
envolvem a realidade do tráfico de pessoas, agravado pelo pandemia da
covid-19.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33225 alignleft" height="258" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/03/Trafico-humano.jpg" width="527" /></p>
<p style="text-align: justify;">Integram o Fórum Ampliado de Combate ao Tráfico de Pessoas ligado à
Comissão da CNBB a Cáritas Brasileira, a Comissão Brasileira de Justiça e
Paz, a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, o
Instituto de Migrações e Direitos Humanos, a Pastoral da Mulher
Marginalizada, a Pastoral Carcerária e o Serviço Pastoral dos Migrantes.</p>
<p style="text-align: justify;">No documento, as organizações afirmam que “o tráfico humano é uma
realidade que atinge prioritariamente as pessoas mais vulneráveis da
sociedade: mulheres, juventudes, trabalhadores e trabalhadoras, idosos e
idosas, pessoas com deficiências e crianças e adolescentes. Estas,
aponta a carta, respondem por 30% de todos os indivíduos traficados
segundo a Organizações Mundial das Nações Unidas (ONU).</p>
<h3 style="text-align: justify;">Apelo por ações integradas da igreja, governos e sociedade</h3>
<p style="text-align: justify;">A organizações signatárias pedem na carta que as autoridades
brasileiras do campo político e eclesial se comprometam a criar
mecanismos para o trabalho articulado das organizações governamentais e
da sociedade civil para fortalecer e aprimorar os instrumentos legais
adequados às diretrizes internacionais e capazes de dotar os agentes
públicos de ferramentas, adaptando respostas para impedir que
traficantes de pessoas e aliciadores ajam impunemente durante a
pandemia.</p>
<p style="text-align: justify;">Para o campo interno da Igreja no Brasil, a Carta Pastoral pede que
as diferentes instâncias eclesiais assumam com prioridade o
enfrentamento a estes crimes contra a vida humana: realizando formação
com as lideranças, subsidiando-as com materiais apropriados de formação,
especialmente o guia <a href="https://www.edicoescnbb.com.br/produto/orientacoes-pastorais-sobre-o-trafico-de-pessoas-documentos-da-igreja-62-71510" rel="noopener" target="_blank">“Orientações Pastorais Sobre o Tráfico de Pessoas”, publicado pela Edições CNBB</a>.</p>
<p style="text-align: justify;">A carta também faz um apelo para a redução das desigualdades sociais
responsáveis, segundo o documento, por lançar “as pessoas na roda viva
do tráfico de pessoas” e pede um empenho coletivo para garantir a vacina
contra a covid-19 a todos os brasileiros.</p>
<p style="text-align: justify;">Veja aqui a integra do documento: <a href="https://www.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2021/03/Carta-Pastoral-Tr%C3%A1fico-de-Pessoas.pdf">Carta Pastoral.</a></p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-13062196754988376172021-03-12T07:51:00.002-03:002021-03-12T07:51:24.416-03:00PCr do RS lança roteiro celebrativo para a quaresma<p> </p><p>Clique <a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/ROTEIRO-FEV-2021-PRETO-E-BRANCO.pdf">aqui</a> para acessar o documento na íntegra</p>
<p>Estamos no tempo de preparação para a Páscoa de Jesus. Ele que ao ser
condenado pelo tribunal dos homens, ao ser sentenciado a morrer na
Cruz, vai ser o Vitorioso da Glória da Ressurreição. Por isso nestes
dias que chamamos de Quaresma, vamos sintonizar nosso coração em Deus
através da oração, do jejum e da esmola e nos avaliarmos: Como estou
vivendo? O que preciso melhorar? O que Deus me pede em relação às
pessoas com quem convivo?</p>
<p>O Papa Francisco nos diz: “A Quaresma chama os cristãos a encarnarem,
de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida
pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e
da esmola”.</p>
<p><img alt="" class="size-large wp-image-33197 alignleft" height="193" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/quaresma-arte.png" width="320" /></p>
<p>E explica cada um dos pontos:</p>
<p>1) O <strong>Jejuar</strong> significa “aprender a modificar a nossa
atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de
«devorar» tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de
sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração”.</p>
<p>2) <strong>A prática da oração</strong>, por sua vez, ensina a
“renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos
declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia”.</p>
<p>3) <strong>A esmola</strong>, “para sair da insensatez de viver e
acumular tudo para nós mesmos”. O papa recorda que a ‘quaresma’ do Filho
de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a
ser aquele jardim da comunhão com Deus. (…) “Que a nossa Quaresma seja
percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à
criação”.</p><p>Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-6407178965031212492021-03-05T09:48:00.004-03:002021-03-05T09:48:34.003-03:00Encontro da Pastoral Carcerária da América Latina e Caribe reflete sobre formas de atuação da entidade<p> </p><p style="text-align: justify;">Com o lema “Pastoral Carcerária sem Fronteiras”, nos dias 8, 9, 10 e
11 de fevereiro foi realizado o Encontro de representantes da Pastoral
Carcerária, que contou com a participação de representantes de diversos
países da América Latina e Caribe. A atividade foi realizada por meio da
plataforma Zoom e do canal do YouTube da Conferência Episcopal
Argentina. Dentro desta estrutura, diferentes painéis foram
desenvolvidos a cada dia.</p>
<p style="text-align: justify;">O evento começou com a abertura de Dom Juan Carlos Ares, bispo
auxiliar de Buenos Aires e presidente da Comissão Episcopal para a
Pastoral Carcerária. O primeiro painel foi “A missão da Pastoral
Carcerária latino-americana à luz do magistério do Papa Francisco”, a
cargo de Dom Esteban María Laxague, bispo de Viedma.</p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-33215 alignleft" height="315" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/03/pastoral-latinoamerica.png" width="540" /></p>
<p style="text-align: justify;">Durante a mesa, foi fornecido um conteúdo claro para que os agentes
pastorais saibam fundamentar e defender suas opções, aceitando fazer
parte desta Pastoral Carcerária, pontos do documento de Aparecida foram
retomados, além do conceito de “reclusão não é exclusão”, do Papa
Francisco.</p>
<p style="text-align: justify;">O segundo dia foi centrado na “espiritualidade da Pastoral Carcerária
latino-americana à luz dos ensinamentos do Papa Francisco”. Neste
painel foram desenvolvidos os temas como Pastoral Carcerária da
encarnação, profética e da restauração. Do ponto de vista teológico,
refletiram eles, a Pastoral Carcerária é uma de reconciliação. A
restauração é a consequência da reconciliação.</p>
<p style="text-align: justify;">O terceiro dia foi dedicado ao tema “Mulheres na pastoral carcerária
latino-americana à luz da doutrina do Papa Francisco”. Este painel foi
liderado por María Patricia Alonso, coordenadora nacional da Pastoral
Carcerária. Irmã Petra, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária do
Brasil, Irmã Nelly León Correa, religiosa do Bom Pastor, fundadora e
presidente da Fundação “Levántate”, do Chile, também compuseram este
painel; e Dra. Janeth Del Rocío Torrez, assessora e coordenadora da
Pastoral Carcerária da Bolívia. Elas refletiram sobre o papel das
mulheres na Igreja e, especificamente, na Pastoral Carcerária.</p>
<p style="text-align: justify;">Cada uma delas expôs sua experiência como mulher neste mundo de
prisão. Dra. Janeth expressou: “Somos alma, coração e mãos na Pastoral
Carcerária, pelos princípios do Batismo, vocação e visão. Por esses
princípios, tanto os homens quanto as mulheres têm o direito de
participar igualmente na Igreja”.</p>
<p style="text-align: justify;">Irmã Nelly, por sua vez, compartilhou sua experiência de viver este
ano pandêmico na Penitenciária Feminina de Santiago do Chile, a fim de
atender às presidiárias, já que não poderia entrar de outra forma.</p>
<p style="text-align: justify;">Irmã Petra destacou que é a primeira mulher Coordenadora da Pastoral
Carcerária do Brasil. “A mulher é a fonte da vida, mas ela é
constantemente ofendida, espancada; o Papa Francisco nos diz: ‘Estamos
atrasados, é verdade, tem que haver mais mulheres na Igreja, mais
mulheres são necessárias em posições de liderança”.</p>
<p style="text-align: justify;">O último dia teve como eixo o painel “Um passo para a justiça
misericordiosa. A Justiça Restaurativa à luz do magistério do Papa
Francisco ”. O painel foi conduzido pela Dra. María Jimena Monsalve,
juíza e membro do Secretariado. Participaram o padre Oscar Granados de
Porto Rico e o diácono Edgardo Farías, de Miami.</p>
<p style="text-align: justify;">O padre Oscar desenvolveu o assunto com fundamento bíblico, e os
conceitos fundamentais da justiça restaurativa. O diácono Farías, por
sua vez, refletiu sobre os encarceramentos nos hospitais-prisões, a
partir do capítulo 7 da Fratelli Tutti. Nesse sentido, percorreu o
itinerário da reconciliação e do tratado magisterial sobre Justiça
Restaurativa: Contenção; compreensão, compaixão e perdão.</p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-12153345380058303802021-02-25T18:58:00.001-03:002021-02-25T18:58:35.458-03:00PARAGUAI: BISPOS DENUNCIAM TERRÍVEIS CONDIÇÕES DE PRISÕES, APÓS REBELIÃO QUE FEZ 7 MORTOS<p style="text-align: justify;"> <span style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;">A Conferência Episcopal do Paraguai se manifestou publicamente, após a rebelião violenta que eclodiu na última terça-feira, 16 de fevereiro, no maior presídio do país, a Penitenciária Nacional de Tacumbú, em Assunção. Com o motim, que revelou o controle do crime organizado, 7 pessoas perderam a vida – entre elas, 3 foram decapitadas – e várias outras ficaram feridas. As mortes foram confirmadas pelo Ministério Público.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><img alt="" class=" wp-image-33211 alignleft" height="240" loading="lazy" sizes="(max-width: 426px) 100vw, 426px" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/paraguai.jpeg" srcset="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/paraguai.jpeg 1000w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/paraguai-300x169.jpeg 300w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/paraguai-768x432.jpeg 768w" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; float: left; height: auto; line-height: 1.3em; margin: 0px 1em 1em 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;" width="426" /></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Centenas de presos se armaram de facas numa rebelião que durou quase 24h, com sequestro de 19 agentes penitenciários e o massacre de pessoas. Segundo os reféns, cerca de mil presos estavam no comando da situação até a retomada do controle por parte dos agentes antimotim.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #0c3826; font-weight: 700; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">A manifestação dos bispos</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">A declaração dos bispos, divulgada no site do episcopado na sexta-feira (19), denunciou as terríveis condições das prisões e de um inteiro sistema penitenciário do país. Além disso, os prelados expressaram condolências e proximidade espiritual às famílias que perderam tragicamente os entes queridos.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">“Os fatos demonstram”, afirmaram os bispos, “que não faz sentido ter uma superestrutura para deter pessoas que têm contas pendentes com a Justiça, se a forte corrupção continua a prevalecer nas prisões e se uma profunda reforma prisional não for realizada”.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #0c3826; font-weight: 700; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">A superlotação dos presídios</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Os prelados lamentaram a ausência de ações eficazes para “reduzir a população carcerária que não foi condenada definitivamente e para evitar a superlotação, que é prejudicial aos direitos fundamentais de todo ser humano”. De fato, a prisão de Tacumbú abriga 4.100 detentos, o dobro do que deveria. Eles expressaram ainda a preocupação “com a extrema violência com que agem os grupos criminosos” – cada vez mais numerosos e violentos -, “que condicionam as autoridades nacionais através da extorsão e têm o controle sobre a população carcerária”.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Recordando que “muitos daqueles que são privados da sua liberdade e estão cumprindo uma pena, ou estão esperando que a justiça aja de acordo com a lei, têm sonhos e esperanças, têm famílias esperando por eles e realmente querem ser reintegrados à sociedade”, os bispos exortaram “o governo nacional, o judiciário e o legislativo a redobrar os esforços” e a terem uma visão mais humana em relação àqueles que são privados de liberdade e merecem uma segunda chance – o que representa uma vantagem para toda a população.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional</p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-79350135751493190582021-02-23T16:35:00.000-03:002021-02-23T16:35:49.740-03:00Presos são submetidos a exames após denúncias de tortura em Sobral; PCr do Estado pede transparência<p><strong>Nos dias 20 e 21 deste mês, pelo menos 40 internos da
Penitenciária Industrial Regional de Sobral teriam sido espancados com
golpes de cassetetes nas mãos e no abdômen, com spray de pimenta nos
olhos e confinamento coletivo</strong>.</p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-5jj8u"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">Ontem, integrantes da <strong>Pastoral Carcerária do Ceará</strong> se reuniram para elaborar um documento pela <strong>transparência </strong>no
processo investigatório. Principalmente no que diz respeito à
informação para familiares dos lesionados. Até agora, segundo uma fonte,
não foi aberto procedimento administrativo nem na Secretaria da
Administração Penitenciária nem na Corregedoria Geral de Disciplina do
Estado.</span></p>
<p><img alt="" class=" wp-image-33175 alignleft" height="330" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/haaa.png" width="430" /></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-430di"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>Mecanismo</strong></span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-3os8o"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">O
pivô das supostas torturas em Sobral envolveria a chefia de disciplina
da penitenciária regional e os presos que, constantemente, estão em
conflitos no interior da prisão. Em abril de 2019, um relatório do
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura apontou violações
nos presídios cearenses.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-dddk4"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>Pimenta</strong></span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-8h0sr"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">Um
dos pontos relacionados no documento do Mecanismo Nacional, que
pertence ao Governo Federal, é exatamente o “uso de spray de pimenta”
por policiais penais em presos que não mantém a “imobilidade e o
silêncio para realização do procedimento”.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-9ehil"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>Naturalização</strong></span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">Padre Marcos Passerini, ex-coordenador da <strong>Pastoral Carcerária do Ceará</strong>,
lembra que, na época das denúncias, houve um pacto entre órgãos do
poder público na “naturalização da força excessiva” implementada pela
Secretaria da Administração Penitenciária. Inclusive, afirma, dos bispos
da CNBB no Ceará.</span></p>
<p>Leia a denúncia com mais detalhes abaixo:</p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-50dg4"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>Denúncias
de tortura e descaso contra presos da Penitenciária Industrial Regional
de Sobral (Pirs) estão sendo investigadas por determinação judicial.
Detentos foram submetidos a perícia na última sexta-feira, 22, após
inspeção conjunta do juiz corregedor de Sobral e integrantes do
Ministério Público Estadual (MPCE), da Ordem dos Advogados do Brasil —
Secção Ceará (OAB-CE) e da Defensoria Pública Estadual. O laudo ainda
não foi concluído.</strong></span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-2196c"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">Em
nota, o MPCE afirma que, durante a visita, alguns internos relataram
práticas de agressão por parte de policiais penais. Diligências são
realizadas, continua a nota, para identificar supostos autores dos
crimes. O caso tramita em segredo de justiça. Por meio de nota, a
Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou apurar as
denúncias e que “está à inteira disposição das autoridades envolvidas”.
“A SAP repudia qualquer ato que possa violentar a dignidade humana e
afirma que é vigilante na fiscalização e investigação de qualquer
denúncia ou comportamento que não esteja amparado pela Lei de Execuções
Penais”.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-meqd"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>O
POVO apurou que as denúncias de tortura começaram a ser investigadas a
partir do relato de um profissional que trabalhou na penitenciária.</strong>
Em carta enviada a MPCE e OAB, ele afirmou, entre outros, que há na
penitenciária “muitos internos” com fraturas em diversos locais do corpo
“há várias semanas”. “Descobri que as fraturas ocorreram dentro da
Pirs. Eles alegam queda, mas não acredito. Acredito que foram
lesionados”. Entre os casos citados, está o de um preso que desenvolveu
conjuntivite traumática após sofrer um trauma no olho direito. O
denunciante suspeita que a lesão seja resultado de tortura, provocada
por policial penal. Ele diz que, até deixar de trabalhar na
penitenciária, o interno não usava colírio prescrito e que há o risco
dele perder a visão.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-bs8jb"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"><strong>Outra denúncia feita refere-se ao falecimento do preso Fabricio Teles Mororó, </strong>em
novembro último. Conforme o denunciante, o óbito ocorreu após o
interno, sem orientação médica, ser encaminhado de volta à vivência, que
estava superlotada, enquanto recebia medicação intravenosa. Escritório
de advocacia que representava Fabrício emitiu nota de pesar em que
afirma que a gravidade do estado de saúde dele foi omitida. A SAP rebate
as acusações afirmando que Fabrício recebeu seis avaliações médicas
“com a devida prescrição e uso dos medicamentos”. Também afirma que
laudo pericial atestou que o óbito ocorreu por “característica natural
sem causa determinada”, sem sinal de “traumas ou fraturas”. A carta
também relata casos de assédio moral por parte da direção da unidade e
quadro de enfermagem diminuto.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-29fu0"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">O POVO ainda apurou que a <strong>Defensoria Pública</strong>
representou pela busca e apreensão de livro de ocorrência da Pirs,
assim como arquivos de sistemas de computador que possam indicar os
nomes de detentos recolhidos unidade. Conforme a Defensoria, a
quantidade de detentos submetidos à perícia é inferior ao observado na
inspeção. Ainda haveria relatos de que internos teriam sido transferidos
antes da realização do exame.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-3528r"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr">Procurada,
a Defensoria Pública informou que não se pronunciaria até a conclusão
dos laudos forenses. Mesmo posicionamento teve a OAB-CE. O Tribunal de
Justiça do Estado (TJCE) não respondeu até o fechamento desta matéria.
Em nota enviada na tarde desta quinta-feira, 27, a Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário
(CGD) informou ter instaurado procedimento disciplinar para a devida
apuração das denúncias.</span></p>
<p class="XzvDs _208Ie ljrnk blog-post-text-font blog-post-text-color _2QAo- _25MYV _1Fao9 ljrnk public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-f72br"><span class="vkIF2 public-DraftStyleDefault-ltr"> Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional <br /></span></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-56003124035119013962021-02-18T09:28:00.001-03:002021-02-18T09:28:11.558-03:00Entidades lançam nota defendendo secretária-geral do CONIC, que sofreu ameaças e ataques<p> </p><p style="text-align: justify;">Uma série de entidades religiosas, dentre elas a Pastoral Carcerária
Nacional, assinaram uma nota em defesa da integridade e vida da Pastora
Romi Bencke, secretária-geral do CONIC e encarregada da Campanha da
Fraternidade Ecumênica deste ano, que está sendo alvo de ameaças e
ataques. Confira a nota na íntegra abaixo:</p>
<p style="text-align: justify;"><em>[…] “Somos chamados a amar a todos, sem exceção, mas amar um
opressor não significa consentir que continue a ser tal; nem levá-lo a
pensar que é aceitável o que faz. Pelo contrário, amá-lo corretamente é
procurar, de várias maneiras, que deixe de oprimir, tirar-lhe o poder
que não sabe usar e que o desfigura como ser humano. Perdoar não
significa permitir que continuem a espezinhar a própria dignidade e a do
outro, ou deixar que um criminoso continue a fazer mal. Quem sofre
injustiça tem de defender vigorosamente os seus direitos e os da sua
família, precisamente porque deve guardar a dignidade que lhes foi dada,
uma dignidade que Deus ama.”</em></p>
<p style="text-align: justify;"><em>(Papa Francisco em Fratelli Tutti, 241)</em></p>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class=" wp-image-32921 alignleft" height="260" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2020/07/cruz.jpg" width="412" /></p>
<p style="text-align: justify;">Nos últimos dias a pastora Romi Bencke, da Igreja Evangélica de
Confissão Luterana no Brasil, e secretária-geral do Conselho Nacional
das Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC, tem sido alvo de ameaças e
ataques que colocam em risco sua integridade física e moral que devem
ser tratadas com a seriedade que representam.</p>
<p style="text-align: justify;">A pastora Romi Bencke é também membra fraterna e dedicada da Comissão
Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB, quem aprendemos a
respeitar e admirar como irmã de fé cristã na luta pelos direitos
humanos e no caminhar em busca da dignidade da pessoa humana e nos
ensinamentos do Cristo. As ameaças estão vindo principalmente de um
grupo privado que tem se colocado recorrentemente e de forma grosseira
contra o Ensino Social da Igreja, contra a doutrina da Igreja que se
manifesta no carisma do reconhecimento dos Direitos Humanos notadamente
desde a Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XXIII (1891), no carisma
da renovação expressa no Concílio Vaticano II (1962-1965), e de todas as
orientações que nos trouxeram os Papas de João XXIII e Paulo VI até
Francisco.</p>
<p style="text-align: justify;">Atacam os Papas e os Bispos condenando sua ação profética em defesa
dos valores da vida de homens e mulheres, com igualdade e fraternidade,
em sua orientação ecumênica pelo diálogo e comunhão das igrejas cristãs e
de respeito a outras tradições religiosas, utilizando as redes sociais
atuais. O ódio que professam contra a modernidade, a democracia e os
direitos, neste momento se vira contra a pessoa de uma religiosa, uma
mulher, uma irmã, e ameaça sua vida e existência. A campanha que movem
contra ela é repleta de notícias mentirosas, de montagens de fotografias
falsas, de intimidações autoritárias e de um chamado à violência de uma
Cruzada.</p>
<p style="text-align: justify;">Tememos que esse ódio misógino e as ameaças que ele representa possam
gerar condições contra a vida da pastora que neste ano está incumbida
de uma missão muito importante na condução da Campanha da Fraternidade
Ecumênica, que desde o ano 2000, une as igrejas cristãs que se congregam
no CONIC e que neste ano tem por lema “Fraternidade e Diálogo:
compromisso de amor”.<br />
Convocamos pessoas de boa vontade e organizações eclesiais e sociais
para criar uma rede de solidariedade e em defesa da pastora Romi Bencke a
fim de preservar sua integridade física e moral, e como espaço de
discussão, manifestação e compreensão do significado do que representa a
dignidade da pessoa e os diretos de homens e mulheres à vida em
abundância. Além das orações e da fraternidade, essa rede de
autoproteção deve também instar os Poderes constituídos a tomarem
medidas protetivas, enquanto defensora de Direitos Humanos, para
garantir a vida da pastora Romi e responsabilizar seus agressores.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Brasília/DF, 12 de fevereiro de 2021.</strong><br />
<strong>16º ano do martírio de Irmã Dorothy Stang</strong></p>
<p style="text-align: justify;"><strong>CBJP – Comissão Brasileira Justiça e Paz</strong><br />
<strong>CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil</strong><br />
<strong>CRB Nacional – Conferência dos Religiosos do Brasil</strong><br />
<strong>CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil</strong><br />
<strong>Igreja Episcopal Anglicana</strong><br />
<strong>Movimento Nacional Fé e Política</strong><br />
<strong>MNDH Brasil – Movimento Nacional dos Direitos Humanos</strong><br />
<strong>Comissão Brasileira Justiça e Paz</strong><br />
<strong>Organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 2</strong><br />
<strong>CPT Nacional – Comissão Pastoral da Terra</strong><br />
<strong>CPP – Conselho Pastoral dos Pescadores</strong><br />
<strong>Pastoral Carcerária Nacional</strong><br />
<strong>PO Nacional – Pastoral Operária</strong><br />
<strong>6ª Semana Social Brasileira</strong><br />
<strong>PJMP – Pastoral da Juventude do Meio Popular</strong><br />
<strong>Pastoral do Povo da Rua – Nacional</strong><br />
<strong>CAIS – Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais</strong><br />
<strong>Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB</strong><br />
<strong>CEFEP – Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara</strong><br />
<strong>Setor da Mobilidade Humana da CNBB</strong><br />
<strong>Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil</strong><br />
<strong>JPIC – Justiça, Paz e Integridade da Criação do Verbo Divino</strong><br />
<strong>VIVAT Internacional – Brasil</strong><br />
<strong>Vida e Juventude – Centro Popular de Formação da Juventude</strong><br />
<strong>NESP – Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas</strong><br />
<strong>OLMA – Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano M. de Almeida</strong><br />
<strong>CRJP – MS – Comissão Regional Justiça e Paz do Regional Oeste 1/MS</strong><br />
<strong>CRJP – SP – Comissão Regional Justiça e Paz do Regional Sul 1/SP</strong><br />
<strong>Comissão Justiça e Paz de São Paulo</strong><br />
<strong>CJP-DF – Comissão Justiça e Paz de Brasília</strong><br />
<strong>CJPAOR – Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de Olinda e Recife</strong><br />
<strong>CJP – Comissão Justiça e Paz da Diocese do Xingu – Altamira/PA</strong><br />
<strong>CPDH -Comissão de Promoção da Dignidade Humana-Arquidiocese de Vitória/ES</strong><br />
<strong>Comissão Diocesana Justiça e Paz de Barreiras – Bahia</strong><br />
<strong>Prelazia de São Félix do Araguaia/MT</strong><br />
<strong>Observatório Político da CBJP</strong><br />
<strong>Observatório de Finanças e Economia de Clara e Francisco da CBJP</strong><br />
<strong>Fraternidade Leiga Charles de Foucauld do Brasil</strong><br />
<strong>Pastorais da Ecologia Integral do Brasil</strong><br />
<strong>ABRA – Associação Brasileira pela Reforma Agrária</strong><br />
<strong>MMC – Movimento das Mulheres Camponesas</strong><br />
<strong>MNU – Movimento Negro Unificado</strong><br />
<strong>MOC – Movimento de Organização Comunitária</strong><br />
<strong>Movimento dos Focolares</strong><br />
<strong>Agência 10envolvimento</strong><br />
<strong>APGM – Associação Padre Gabriel Maire em Defesa da Vida</strong><br />
<strong>Associação para o Diálogo Interreligioso do Agreste de Pernambuco.</strong><br />
<strong>CNLB Regional Oeste 1/MS</strong><br />
<strong>CNLB da Arquidiocese de Montes Claros/MG</strong><br />
<strong>CADEIR – Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso, Florianópolis/SC</strong><br />
<strong>Cáritas Diocesana de Pesqueira/PE</strong><br />
<strong>Cáritas da Arquidiocese de Montes Claros/MG</strong><br />
<strong>Catequese Regional Noroeste da CNBB</strong><br />
<strong>Comissão de Direitos Humanos – ALEMG – Assembleia Legislativa do Estado MG</strong><br />
<strong>CDHPF – Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo</strong><br />
<strong>CADH Valdício Barbosa dos Santos “Leo” – Centro de Apoio aos DDHH/ES</strong><br />
<strong>CDDH Serra – Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra/ES</strong><br />
<strong>CEBI ES – Centro de Estudos Bíblicos ES</strong><br />
<strong>CEBI MS – Centro de Estudos Bíblicos MS</strong><br />
<strong>CEBI MT – Centro de Estudos Bíblicos MT</strong><br />
<strong>CEBI Planalto Central – Centro de Estudo Bíblicos DF e Entorno</strong><br />
<strong>Centro da Juventude Santa Cabrini, Teresina/PI</strong><br />
<strong>Comissão Brasileira Justiça e Paz</strong><br />
<strong>Organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 3</strong><br />
<strong>Centro de Espiritualidade Padre Arturo, São Leopoldo/RS</strong><br />
<strong>Centro de Estudos Anglicanos – Setor acadêmico</strong><br />
<strong>Centro Loyola de Fé e Cultura Goiânia</strong><br />
<strong>Rede Celebra de Goiânia</strong><br />
<strong>Centro São José, Bairro Bom Jesus, Porto Alegre/RS</strong><br />
<strong>COL – Círculo Operário Leopoldense/RS</strong><br />
<strong>Coletivo Mateando com Paulo Freire, Novo Hamburgo – RS</strong><br />
<strong>Comissão Pastoral Episcopal p/ Ação Sociotransformadora Reg. Sul 3-CNBB/RS</strong><br />
<strong>ECC – Encontro de Casais com Cristo da Paróquia N.S. Lourdes, Arq. Goiânia/GO</strong><br />
<strong>Escola de Fé e Política Padre Sabino Gentili, Arq. Natal/RN</strong><br />
<strong>Escola de Fé e Política Dom Pedro Casaldáliga/PB</strong><br />
<strong>Fórum em Defesa da Vida -SP</strong><br />
<strong>Fórum Mundial de Teologia e Libertação</strong><br />
<strong>Grupo Tortura Nunca Mais – SP</strong><br />
<strong>Hernandez Lerner & Miranda Advocacia</strong><br />
<strong>Linhas de Sampa, Coletivo de Mulheres de SP, bordados como panfleto por DDHH</strong><br />
<strong>Marcha Mundial das Mulheres MS</strong><br />
<strong>Congregação das Irmãs de Santa Catarina VM</strong><br />
<strong>Missionária de Santa Teresinha</strong><br />
<strong>Missionária Serva do Espírito Santo</strong><br />
<strong>Missionárias do Sagrado Coração de Jesus</strong><br />
<strong>Pia Sociedade Filhas de São Paulo – Paulinas</strong><br />
<strong>Província dos Frades Dominicanos</strong><br />
<strong>Movimento de Fé e Política João Pessoa – Paraíba</strong><br />
<strong>Movimento Fé e Política – Três Rios-RJ</strong><br />
<strong>Comissão Estadual de Fé e Política do Espirito Santo</strong><br />
<strong>CEBs – Articulação da Arquidiocese de São Luís/MA</strong><br />
<strong>Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Uberaba, Curitiba/PR</strong><br />
<strong>Paróquia Santa Rosa de Lima, Goiânia/GO</strong><br />
<strong>Paróquia São Cristóvão, Lajeado/RS</strong><br />
<strong>Catequese da Paróquia Santa Luzia, Diocese de Ji-Paraná/RO</strong><br />
<strong>Pastorais Sociais da Arquidiocese de Santarém/PA</strong><br />
<strong>Pastoral Ação Social e Política da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe BH</strong><br />
<strong>Paróquia São João Batista (São José de Deus/Ribeirão das Neves) – RENSC BH</strong><br />
<strong>Pastoral Afro da Diocese de Apucarana/PR</strong><br />
<strong>Pastoral Afro de Três Rios RJ</strong><br />
<strong>Pastoral Carcerária do Regional Oeste 1/MS</strong><br />
<strong>Pastoral da Ecologia Integral da Arquidiocese do Rio de Janeiro</strong><br />
<strong>Pastoral da Saúde Arquidiocesana de Porto Velho, RO</strong><br />
<strong>Pastoral de Liturgia Paróquia São José Operário-Três Rios RJ</strong><br />
<strong>Pastoral social política e ambiental Paróquia NS Guadalupe</strong><br />
<strong>Prefeitura Municipal de Três Rios – Coordenação de Ensino Religioso</strong><br />
<strong>Rede de Cidadania Açailândia/MA</strong><br />
<strong>Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Partido dos Trabalhadores</strong><br />
<strong>Grupo de Leigos Beata Maria da Paixão, de Paranaguá/PR</strong><br />
<strong>CEC – Coletivo Estudos da Conjuntura/Grande Vitória ES</strong><br />
<strong>IMV – Instituto Madeira Vivo/RO</strong><br />
<strong>AMIMARSAN – Associação Michael Donizete Martins dos Santos, Londrina/PR</strong><br />
<strong>Movimento Ecumênico de Joinville/SC</strong><br />
<strong>Pastoral do Migrante/RO</strong><br />
<strong>Serviço Pastoral dos Migrantes, Ji-Paraná RO</strong><br />
<strong>Auditoria Cidadã da Dívida</strong></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-33902847859062420422021-02-17T10:34:00.006-03:002021-02-22T10:36:17.048-03:00Em artigo, Padre Bosco reflete sobre o início da Quaresma<p> <em>CINZAS</em><br />
<em>PE BOSCO </em><br />
<em>17/02/2021</em></p>
<p>Hoje iniciamos a Quaresma com as cinzas. As cinzas são o que seremos.
Lembrar que somos apenas pó. Quando o corpo é cremado, se transforma
imediatamente em cinza. Nossa vida terrena só será eterna depois de
passarmos por esta terra, se aderimos a Cristo.</p>
<p>A nossa igreja nos recomendou colocar as cinzas em nossas cabeças,
sem a cruz de cinza, como sempre se fez por conta da pandemia. Todos
voltam da igreja no dia de hoje sem o sinal externo da cinza. Pensando
bem, existe uma coerência ou sintonia com o evangelho.</p>
<p><img alt="" class=" wp-image-22980 alignleft" height="213" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2017/04/jesus-negro-1-2.jpg" width="404" /></p>
<p>Jesus recomenda que tudo seja feito da forma mais anônima possível,
citando o jejum, a oração e a caridade, para que os outros não vejam mas
somente o Pai do céu. Fazer para aparecer significa não ter a
recompensa de Deus. Como acontecia nos anos passados, a cinza deste ano
também está invisível em nossas cabeças, não na testa, e até caindo nos
olhos.</p>
<p>Que este gesto possa falar para além dele ao nosso coração. O convite
para a nossa conversão é-nos dirigido todos os anos: mudar a forma de
pensar e agir. A mente e o coração devem ser modificados para que a
nossa forma de viver também seja nova.</p>
<p>Pensar como Jesus, amar com Jesus, viver como Jesus. Ele é a nossa
paz. Se não o temos como referência de nossas vidas, não temos nenhuma
vida cristã em nós, mesmo que exteriormente nos identifiquemos como
cristãos.</p>
<p>É tempo de mais oração, se seguida de uma verdadeira mudança, que
pode ser até uma experiência de morte para uma vida realmente nova, um
nascer de novo. (João 3)</p><p>Fonte: Pastoral Carcerária Nacional <br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-85724842426263401002021-02-17T08:48:00.003-03:002021-02-17T08:48:28.399-03:00Pastoral Carcerária lança relatório A Pandemia da Tortura no Cárcere<p> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A Pastoral Carcerária lançou o relatório </span><i><span style="font-weight: 400;">A Pandemia da Tortura no cárcere</span></i><span style="font-weight: 400;">.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;"><strong>Para acessar o relatório na íntegra, clique <a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/Relatorio_2020_web.pdf">aqui</a>.</strong> </span></p>
<p style="text-align: justify;"><img alt="" class="wp-image-33170 aligncenter" height="529" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/capa-relatorio-tortura.png" width="590" /></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Dados Gerais</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O relatório é fruto da análise de
casos e denúncias relacionadas à pandemia do coronavírus recebidas pela
Pastoral Carcerária Nacional ao longo do ano de 2020.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A Pastoral Carcerária Nacional
recebeu, entre 15 de março e 31 de outubro de 2020, 90 denúncias de
casos de tortura, envolvendo inúmeras violações de direitos em diversas
unidades prisionais espalhadas pelo país. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Para efeito de comparação, em 2019 a pastoral recebeu 53 casos neste mesmo período. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A violação ao direito à saúde da
população privada de liberdade foi central nas denúncias recebidas no
ano passado: cerca de 67 dos 90 casos(74,44%) dizem respeito à
negligência na prestação da assistência à saúde.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A violência e tortura também
persistem, ampliados pelo maior fechamento do cárcere devido à pandemia:
53 casos de tortura recebidos pela Pastoral Carcerária envolveram
agressões físicas, 52 diziam respeito à condições humilhantes e
degradantes de tratamento – tais como ausência de banho de sol, e 52
envolveram negligência na prestação da assistência material –
considerando, exemplificadamente, precário fornecimento de alimentação,
vestuário, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, dentre
outros.</span></p>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><b>Artigos, relatos e análises</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Além dos dados gerais, familiares,
ativistas, sobreviventes do sistema e pesquisadores da questão prisional
refletem em artigos presentes no relatório sobre o uso da pandemia como
forma de tortura, que fortalece a estrutura racista e violenta do
cárcere, bem como seu impacto nas diversas populações presas.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Racismo</b></p>
<p style="text-align: justify;"> </p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Monique Cruz, pesquisadora da Justiça Global, em seu artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">A vontade de ser livre é inata e a luta pela liberdade é uma constante: reflexões sobre racismo, tortura e pandemia no Brasil, </span></i><span style="font-weight: 400;">analisa como a população negra, pobre e periférica que lota a maioria das celas no país, é a mais punida com a pandemia. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">“Falar de racismo, tortura e
pandemia está para além de dizer que o sistema de justiça criminal
brasileiro atua de maneira seletiva, punindo desproporcionalmente
pessoas não-brancas e pobres, especialmente as mulheres negras. Implica
dizer que há um processo histórico de separação das pessoas por raça e
gênero que dá base às estruturas da injustiça e da violação de direitos
humanos, que faz da tortura uma prática institucionalizada e socialmente
aceita”. </span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Mulheres presas</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">As integrantes do Grupo de Trabalho da Pastoral Carcerária Nacional para a questão da Mulher Presa, no artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">Tortura Contra as Mulheres Presas</span></i><span style="font-weight: 400;">,
denunciam o sofrimento e isolamento vivido pelas mulheres encarceradas
no período da pandemia, no qual o cárcere se fechou mais ainda para a
sociedade. </span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><i><span style="font-weight: 400;">“As mulheres presas apresentam maior vulnerabilidade e vivenciam questões delicadas</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">no cárcere, como a maternidade, a
gestação, o período puerperal, o alto índice de doenças (crônicas e
mentais), e a manutenção de vínculos familiares e afetivos não são
suficientes para que a atuação do sistema penal, seletivo e
criminalizador, modifique sua postura.</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">Familiares e membros de instituições que responderam a pesquisa também enviaram </span></i><i><span style="font-weight: 400;">relatos,
dizendo que há muita dificuldade em obter notícias e informações das
mulheres que estão no cárcere nesse momento de pandemia, tendo em vista o
cancelamento das visitas presenciais. O que sempre é repassado é que
tudo está bem, ou que não podem passar informações. Essa falta de
diálogo acaba prejudicando e afetando tanto a pessoa que está atrás das
grades quanto a sua família, e como consequência prejudica a manutenção
do vínculo familiar e afeta a saúde mental”.</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><b><img alt="" class="wp-image-33171 alignright" height="269" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas-1024x720.png" width="383" />Povos originários</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">A tortura como prática sistemática contra os povos indígenas dentro e fora da prisão no Brasil</span></i><span style="font-weight: 400;">,
escrito por integrantes do CIMI e do ITTC, resgata o histórico de
violências à que a população indígena está submetida, não só no cárcere
como na sociedade em geral, e como mal há informações sobre os povos
originários em privação de liberdade por parte dos órgãos oficiais neste
momento de pandemia:</span></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">“A invisibilidade dos povos
originários em privação de liberdade diante do contexto da pandemia do
COVID-19 acaba por se agravar já que pouco se sabe sobre a realidade das
contaminações da doença no sistema carcerário de todo o país e ao mesmo
tempo, evidencia a complexidade de mapear pessoas indígenas presas
afetadas pela pandemia. Tais fatores impedem a aplicação de seus
direitos especiais, como a possibilidade de cumprir pena em suas
próprias comunidades e a consideração de suas formas próprias de
resolução de conflitos”.</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><b>População LGBTI+</b></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">No texto “Onde o filho chora e a mãe não vê”: tortura e abandono de pessoas LGBTI+</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">privadas de liberdade em tempos de covid-19,</span></i><span style="font-weight: 400;">
os integrantes da ONG SOMOS denunciam uma série de torturas e
violências que a população LGBTI+ sofrem sistematicamente dentro da
prisão. Com relatos de sobreviventes do sistema que dão vida a essa dor,
o artigo afirma que esse conjunto de violências foi potencializado
durante a pandemia:</span></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">“O abandono que essa população
experimenta é, assim, também institucional, situação que é agravada
ainda pela suspensão das visitas neste momento histórico de pandemia do
novo coronavírus (covid-19). Não podemos deixar de considerar, além
disso, que a falta de materiais, alimentação e outros insumos fornecidos
pela prisão e pelos familiares tem impacto na saúde dessas pessoas,
gerando, por isso, um contexto em que tortura, abandono, desproteção e
ausência de direitos estão intimamente conectados. </span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">Esse quadro não será resolvido com
maior populismo punitivo e com recrudescimento de vagas no sistema
prisional. Precisamos de uma saída radical (que vai à raiz) e
revolucionária, que aponta para diminuição do Estado Penal e para o
desencarceramento. Nesse processo civilizatório, precisamos de maior
participação do conjunto da sociedade nas cadeias e de fortalecimento
dos serviços locais comunitários que oferecem respostas às pessoas
LGBTI+ presas e suas famílias, inclusive respostas que dizem respeito ao
debate sobre gênero e diversidade sexual no combate à todas as formas
de preconceito, discriminação e abandono”.</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><b>Sistema socioeducativo</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">No artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">Os 30 anos do ECA e a Pandemia de COVID-19 no Sistema Socioeducativo</span></i><span style="font-weight: 400;">,
Fábio do Nascimento Simas, da Escola de Serviço Social Universidade
Federal Fluminense (UFF) analisa que as garantias do ECA para a
população menor de idade no sistema socioeducativo são constantemente
desrespeitadas, dando lugar à violência e tortura.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Apesar de algumas medidas positivas
no combate à pandemia, outras expandiram o escopo da tortura, como o
cancelamento das audiências de custódias presenciais, instrumento
fundamental para combater e denunciar a tortura.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“É importante destacar que no contexto da pandemia e as medidas sanitárias adotadas</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">pelos estados para evitar a
proliferação do coronavírus nas unidades socioeducativas entre os
adolescentes e profissionais, foi observado por MNPCT (2020) e MEPCT
(2020) baixo índice de testagem, falta de uma política sistemática de
isolamento social, condições insalubres das unidades e, sobretudo, a
permanência da superlotação, apesar da diminuição do número de
internados, cuja redução mais expressiva se refere às medidas de
semiliberdade”.</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><b><img alt="" class=" wp-image-33172 alignleft" height="389" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/gaiolas.png" width="369" />A pandemia nas prisões do mundo</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Raissa Carla Belintani de Souza,
Advogada e mestra em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades pela
Universidade de São Paulo, é autora do artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">“A liberdade</span></i></p>
<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-weight: 400;">como estratégia global de contenção e de cuidado”</span></i><span style="font-weight: 400;">, no qual analisa como uma série de países lidou com a população prisional durante a pandemia. </span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;">Países como Filipinas, Índia,
Reino Unido, Itália, Espanha, México, Colômbia, dentre outros fazem
parte da reflexão, que no geral aponta para uma crise que só pode ser
resolvida com medidas de desencarceramento da população . </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“Os fatos, bem como os dados,
evidenciam que a crise atual exige a redução da superlotação, a busca de
alternativas à prisão, a descriminalização do uso de drogas, a revisão
das práticas do sistema de justiça criminal e o desenvolvimento de
políticas de segurança pública que não sejam alicerçadas na violência
institucional, dentre outras medidas condutoras ao desencarceramento. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Todo o contexto do cárcere,
intencionalmente estruturado em ilegalidades e na falta de acesso a
direitos, tem os já enormes problemas ainda mais agravados por uma
situação de calamidade pública como a pandemia de COVID-19. É urgente
revisar as</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">estruturas institucionais, modificar
condutas e, primordialmente, desencarcerar. Afinal, não há como se ter
cuidado sem liberdade”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;"> </span><b>Mecanismos de Controle</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O cárcere sempre foi fechado à
sociedade; no entanto, com a pandemia, ele se fechou ainda mais,
dificultando que familiares e entidades que o fiscalizam (como a
Pastoral Carcerária) pudessem obter informações ou denúncias do que
ocorre atrás das grades. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">O artigo </span><i><span style="font-weight: 400;">Órgãos de controle externo enfrentam a incomunicabilidade imposta às pessoas presas e atuam para levar informação à sociedade, </span></i><span style="font-weight: 400;">de autoria da Assessora Jurídica Sênior e Representante da Associação para a Prevenção da Tortura no Brasil, </span><span style="font-weight: 400;">Sylvia Dias, analisa. </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“Além disso, a pandemia deixou clara a
ausência de condições e preparo mínimo para se enfrentar uma grave
crise de saúde nas unidades prisionais, além de uma resposta
insatisfatória do Estado brasileiro, que concentrou parte de seus
esforços e recursos volumosos na compra de armamentos menos letais para
conter potenciais </span><span style="font-weight: 400;">tumultos e motins nos presídios.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Para as e os familiares, a falta de
acesso às unidades prisionais para desfrutar de algumas horas em
companhia de seus entes queridos também acarreta graves consequências no
seu bem estar psíquico e emocional. (…)Não ter acesso à</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">unidade prisional representa não
somente não poder se comunicar, ver e estar próximo de seu familiar, mas
também não contar com informação sobre suas condições de detenção,
sobre o seu estado de saúde – em um momento no qual o adoecimento se
alastra – e sobre quais medidas estão sendo efetivamente implementadas
pelos gestores prisionais para preservar a saúde das pessoas presas e
prevenir a propagação do vírus”.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><b><img alt="" class=" wp-image-33175 alignright" height="324" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/haaa.png" width="422" />Relatos de um sobrevivente</b></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">A prisão marca todos que passam por ela. No texto </span><i><span style="font-weight: 400;">Narrativas da tortura</span></i><span style="font-weight: 400;">, de </span><span style="font-weight: 400;">Luan
Cândido e Miriam Estefânia Dos Santos, ambos Membros da Frente Estadual
pelo Desencarceramento de MG, da Associação de Amigos e Familiares de
Pessoas em Privação de Liberdade e da Assessoria Popular Maria Felipa,
Luan conta sobre o tempo em que esteve na prisão, e os efeitos que isso
teve nele e nas pessoas próximas a ele.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">“Ficar confinado num espaço limitado
por si só é tortura física e psicológica; corpo e mente adoecem
proporcionais ao tempo em que ficamos ociosos e improdutivos, seja na
cela individual ou coletiva.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Nessa pandemia, até você sentiu um
pouco o que é a tortura do confinamento… Passei três anos encarcerado,
sem qualquer atividade física ou intelectual, engordei, meu joelho
enfraqueceu, meu psicológico e intelectual estão abalados pela falta de
afeto e de comunicação com o mundo externo.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">Minha família adoeceu, minha filha
desenvolveu depressão por causa da minha ausência e minha mãe teve
vários sintomas psicossomáticos de ansiedade. </span><span style="font-weight: 400;">Na cadeia, tudo falta: água, espaço físico, paz, silêncio, comida de qualidade, produtos </span><span style="font-weight: 400;">de
higiene, afeto, liberdade, trabalho, atendimento, remédio… Nos sentimos
indigentes e humilhados, é desumano e contraditório ficar anos em
situação de vulnerabilidade dentro de uma instituição do estado.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;"><br />
</span><span style="font-weight: 400;">Se eu estou encarcerado, meu almoço chegou azedo, só tenho roupas rasgadas, não </span><span style="font-weight: 400;">tenho
água, nem atendimento médico, nem remédio, nem produto de higiene, nem
trabalho, nem escola, está mais do que claro que eu estou vulnerável e
incapaz de ser regenerado ou de fazer algo por mim ou pela minha
família.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">É uma tortura passar por tantas
privações e precariedades junto com centenas, aglomerados no mesmo
prédio, passando pelos mesmos problemas sem ter como reagir sem provocar
violência”.</span></p>
<p> Fonte: Site da Pastoral Carcerária Nacional<br /></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-73815735768866890152021-02-08T18:48:00.006-03:002021-02-08T18:48:46.143-03:00PCR NACIONAL LAMENTA MORTE DO PADRE NELITO DORNELAS<p> <span style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;">A Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária recebeu a notícia da Páscoa do Padre Nelito Dornelas, presbítero da Diocese de Governador Valadares, vitima da COVID-19.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><img alt="" class="wp-image-33192 alignleft" height="374" loading="lazy" sizes="(max-width: 263px) 100vw, 263px" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/4f836065-743e-4b08-842c-f5c4c4c45410.jpg" srcset="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/4f836065-743e-4b08-842c-f5c4c4c45410.jpg 720w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/02/4f836065-743e-4b08-842c-f5c4c4c45410-211x300.jpg 211w" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; float: left; height: auto; line-height: 1.3em; margin: 0px 1em 1em 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;" width="263" /></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Fiel defensor dos pobres, integralmente comprometido com a luta por justiça, por solidariedade e pela vida. Foi um grande impulsionador das pastorais sociais na diocese de Governador Valadares, em toda Minas Gerais e em todo o Brasil.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Será sempre lembrado pela grande participação em todas as Romarias pelas águas e pela terra, por sua presença sempre marcante nos encontros das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs. Pelo riso fácil, pelo humor sempre presente, a seriedade nas colocações, a capacidade de construção coletiva e de articulação.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Assessor Nacional da CNBB, conduziu com muito afinco a 5ª Semana Social Brasileira que teve um importante papel no debate sobre o «Estado que temos e o Estado que queremos».<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;" />À Diocese de Governador Valadares, aos seus familiares e a todos os que choram a morte desse nosso irmão, nossa solidariedade e oração. Descanse em paz.</p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><em style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária</em></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-89119136311555872662021-02-03T19:21:00.004-03:002021-02-03T19:21:50.245-03:00AGENDA NACIONAL PELO DESENCARCERAMENTO PROTOCOLA OFÍCIO SOBRE EXCLUSÃO DA POPULAÇÃO PRESA DOS GRUPOS A RECEBER VACINA CONTRA COVID-19<p style="text-align: justify;"> <span style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;">Para acessar o ofício na íntegra, clique</span><span style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;"> </span><a href="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/Oficio-Agenda-Nacional-pelo-Desencarceramento-Vacina-para-a-Populacao-Privada-de-Liberdade.pdf" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #0c3826; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">aqui</a><span style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;">.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">A Agenda Nacional Pelo Desencarceramento e as entidades e coletivos que são representados por ela – inclusive a Pastoral Carcerária Nacional – protocolou um ofício aos membros da 7ª Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e do Sistema Prisional do Ministério Público Federal externando preocupação da aparentemente exclusão da população prisional dos grupos prioritários a receber a vacina contra a COVID-19.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Segundo analisa o documento, “O descaso e as omissões do Governo Federal na promoção de uma política efetiva de profilaxia e imunização da população carcerária revelam uma política em curso de genocídio das minorias sociais – população alvo do encarceramento em massa corrente no país”. </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Vale lembrar que o sistema carcerário brasileiro é composto, em sua maioria, de pessoas negras, pobres e periféricas, a população mais excluída e vulnerável socialmente no país.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><img alt="" class=" wp-image-33171 alignleft" height="346" loading="lazy" sizes="(max-width: 492px) 100vw, 492px" src="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas-1024x720.png" srcset="https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas-1024x720.png 1024w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas-300x211.png 300w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas-768x540.png 768w, https://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2021/01/indigenas.png 1120w" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; float: left; height: auto; line-height: 1.3em; margin: 0px 1em 1em 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;" width="492" /></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Sem a vacinação nas prisões, o coronavírus irá se alastrar ainda mais. Dados do boletim epidemiológico do dia 23 de dezembro de 2020, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontam para 54.807 casos confirmados – com aumento de 10,2% nos 30 dias anteriores – e 222 óbitos – com aumento de 4,2% – registrados no sistema prisional desde o início da pandemia. </span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">As condições sub-humanas encontradas nas prisões são terreno fértil para o alastramento do coronavírus, além de outras doenças. “ A superlotação é a regra, há constante racionamento de água – essencial para a vida humana e, consequentemente, para profilaxias referentes à COVID-19 – e a assistência à saúde é precária”, diz o ofício.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Vacinar a população prisional é uma medida que ajudaria no combate à pandemia para a sociedade como um todo, pois o cárcere é um foco de transmissão. O ofício cita artigo de Seena Fazel, do departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, que reforça a necessidade de vacinar a população encarcerada como forma de prevenção às comunidades: </span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">“‘As prisões têm alta taxa de rotatividade, com muitas pessoas entrando e saindo </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">delas’, afirma Fazel. ‘As pessoas vão aos tribunais, voltam para a prisão e </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">frequentemente há transferência de presos, uma vez que foram sentenciados. Se a prisão está lotada, os presos são transferidos novamente. São um importante grupo </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">a ser considerado para prioridade na vacina, devido à grande circulação em que </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">estão inseridos.’” (tradução livre) </span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.66em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">A Agenda entende que, provavelmente, a população prisional idosa estará incluída na primeira e segundas fases do programa de vacinação, bem como os presos com morbidades, citadas na terceira fase, mas lança luz para que a vacinação se estenda para o todo da população presa, “especialmente se levarmos em conta que tuberculose e convivência com HIV/AIDS são também grupos de risco, estão em presença considerável na população e são as duas doenças infectocontagiosas que identificamos maior letalidade quando da co-infecção por COVID-19”.</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.66em; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"></p><div style="color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"> </span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;">Por fim, as entidades pedem ao Ministério Público que provoque o Governo Federal, que vem ignorando e agindo contra medidas de contenção da COVID-19 nos presídios, para que este comece a adotar medidas concretas de prevenção, como o desencarceramento, já reforçado pela Resolução 62 do CNJ.</span></div><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif;"><br /></span></div></span><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s;"><div style="text-align: justify;">Além disso, o ofício pede a divulgação do plano de vacinação oficial e/ou comunicado oficial quanto ao plano, dado às notícias de retirada da 4ª fase demonstradas; a imediata reconsideração da população privada de liberdade nos grupos prioritários de vacinação; que seja feita a vacinação da população privada de liberdade idosa e/ou que possuem morbidades simultaneamente à população em liberdade com estas características, e que o Ministério Público Federal atue no sentido de promover a ampla aplicação das medidas de desencarceramento previstas na Resolução nº 62/CNJ dentro de seu âmbito de atuação – com o encorajamento de concessão de prisão domiciliar, regime aberto e liberdade provisória, sobretudo às pessoas presas pertencentes aos grupos de risco. </div></span><p></p>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6959750638259265958.post-90723596390492531152021-01-04T20:05:00.001-03:002021-01-04T20:06:27.117-03:00Nota de pesar Pastoral Carcerária Nacional<p> <span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">>>NOTA DE PESAR<<</span></p><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">“Para ser livres, Cristo nos libertou: mantende-vos, pois, firmes, e</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">Não vos deixei prender de novo ao jugo da escravidão” [Gal.5,1]</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">A Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária recebeu nesta tarde da Solenidade da Epifania do Senhor com muita surpresa a inesperada e dolorosa notícia da morte do</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">Pe. JOSÉ RONALDO GOMES DE BRITO - Coordenador Arquidiocesano da Pastoral Carcerária de Santarém - PA</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">Neste momento de dor unimo-nos aos seus familiares, à Igreja particular de Santarém, as/aos agentes da Pastoral Carcerária com nossa solidariedade e fraterna oração.</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">Conforta-nos nesta hora, em que não é fácil compreender humanamente os fatos acontecidos e sua rapidez, a certeza que em sua ação diária estava sempre viva a presença dos pobres e a convicção clara que o projeto de Deus de «UM MUNDO SEM CÁRCERES» abraçado nacionalmente pela Pastoral Carcerária, era muito mais que uma utopia, era e continua sendo a realização cotidiana do Reino de Deus.</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">E como não lembrar nesta hora as palavras pronunciadas, hoje, de improviso por Papa Francisco na oração mariana do Angelus:</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">«Gosto de pensar que quando o Senhor ora ao Pai por nós, ele não só fala: mostra-lhe as feridas da carne, mostra-lhe as feridas que sofreu por nós. Este é Jesus: com a sua carne ele é o intercessor, ele também quis suportar os sinais do sofrimento. Jesus, com sua carne está diante do pai. Na verdade, o Evangelho diz que ele veio morar entre nós. Ele não veio nos visitar e depois foi embora, veio morar conosco, ficar conosco».</span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"></span><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #ededed; border: none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; text-size-adjust: 100%; transition: all 0.5s ease 0s; white-space: pre-line;" /><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;">A Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária</span><div><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"><br /></span></div><div><span style="background-color: #ededed; color: #333333; font-family: HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px; white-space: pre-line;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZgDEtaeLiGDhZrjTsqAP25k7UaNnpm1UgHfQNsEVR4rUm4eq1phB5jpezOt5n80utLBvbDN9IL2PI5VpVZuPXFOwJp7NK0cXflhEWjA64WFjdgLxSSJkNBTagC1_x7qbVYDz_PlmDXHMQ/s1024/pe-foto-1024x572.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZgDEtaeLiGDhZrjTsqAP25k7UaNnpm1UgHfQNsEVR4rUm4eq1phB5jpezOt5n80utLBvbDN9IL2PI5VpVZuPXFOwJp7NK0cXflhEWjA64WFjdgLxSSJkNBTagC1_x7qbVYDz_PlmDXHMQ/s320/pe-foto-1024x572.jpg" width="320" /></a></div><br /></div>Pastoral Carceráriahttp://www.blogger.com/profile/06802712894674298620noreply@blogger.com0