terça-feira, 26 de março de 2019

A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL DO AGENTE DE PASTORAL CARCERÁRIA


Proposta da Igreja para o período quaresmal: o povo de Deus, líderes e agentes de pastoral carcerária.

A Quaresma é entendida no conjunto da celebração do mistério pascal de Cristo. A Quaresma prepara para a Páscoa: a Ressurreição de Jesus Cristo. O período atual precede a Páscoa. Não há Páscoa sem preparação. Nenhum tempo litúrgico está desligado do conjunto do Ano Litúrgico.

A Quaresma nos convoca à conversão, mudança de vida: cultivar o seguimento de Jesus Cristo. São Paulo diz: Por causa dele (Jesus), perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a Ele. Mas continuo correndo para alcançá-lo pelo Cristo Jesus” (Fl 3,8-9.12). O profeta Isaías mostra a vontade de Deus: ”Lavai-vos, limpai-vos, tirai da minha vista as injustiças que praticais. Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva” (Is 1,16-18). É necessário voltar ao primeiro amor.

Os seguidores de Jesus Cristo não se deixam abater pela contradição, pela violência, pela injustiça. Alimentados pela gratidão do encontro vislumbram sempre o novo céu e a nova terra. Saem ao encontro dos irmãos e irmãs, despertando-os para a beleza da Boa Nova. No caminho do Calvário e da Ressurreição, Jesus nos revela que muitos necessitam de mãos servidoras e de ombros amigos para compartilhar o peso da cruz.

Os que seguem Jesus, alimentados pela Palavra de Deus e pelo testemunho, formam uma comunidade evangelizadora, uma comunidade dinamizadora pela misericórdia. Na Quaresma, tempo para avaliar o nosso ser cristão, somos convocados a renovar nosso compromisso, o nosso discipulado. Quem é seguidor de Jesus almeja promover a fraternidade e segue seu exemplo de amor aos pequenos, abandonados e aos que mais sofrem. A sociedade é o grande campo de atuação e testemunho dos cristãos. É nela que seremos desafiados a dar nosso testemunho e nossa contribuição na construção do Reino de Deus.

Na Bíblia o número 40 é bastante frequente para representar períodos de 40 dias ou quarenta anos, que antecedem ou marcam fatos importantes: 40 dias de dilúvio, 40 dias de Moisés no Sinai, 40 dias de Jesus no deserto antes de começar o seu ministério, 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto. O tempo da quaresma é um tempo favorável para meditar, refletir e rezar em torno da realidade prisional.

terça-feira, 19 de março de 2019

Assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária se reúne com coordenação colegiada da PCr do Regional Leste 2



Na manhã do último sábado, dia 16, o assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária, padre Welington Nascimento, esteve reunido com a coordenação colegiada da PCr do Regional Leste 2. A Coordenação Colegiada do Regional, a Assessoria Jurídica e a Assessoria da Mulher Presa marcaram presença na reunião.

Os assuntos abordados foram a atualização dos dados que marca a presença da Pastoral Carcerária nas Arqui/Dioceses do nosso Regional; a preparação do Encontro Regional da Pastoral Carcerária na Diocese de Patos de Minas, na cidade de Carmo do Paraíba; o encontro de Formação com o tema “Mulheres Presas” em Juiz de Fora, que será realizado no mês de julho; a eleição da nova Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária; o retiro das Pastorais Sociais na cidade de João Monlevade; além da partilha sobre o trabalho realizado pelas coordenações.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Pastoral Carcerária repudia alterações em leis anunciadas pelo ministro da Justiça


Em Nota Pública, de 5 de fevereiro de 2019, a Pastoral Carcerária manifestou repúdio ao pacote de alterações na legislação anunciado na segunda-feira (4) pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Para a Pastoral, ao contrário do que prega o ministro, tais propostas terão como resultado o aumento do encarceramento em massa, endurecimento penal e o aumento da letalidade policial.

Um dos pontos mais criticados pela Pastoral é o “excludente de ilicitude” que irá diminuir as investigações de mortes cometidas por policiais, dando margem para o aumento da letalidade policial, que já é uma das maiores do mundo segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 2017, 5144 pessoas foram mortas pela polícia brasileira, o que correspondeu a 8% de todos os assassinatos do país.

Confira a íntegra da Nota abaixo.